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Cientistas descobrem que luz azul do celular acelera processo de cegueira

De acordo com os pesquisadores da Universidade de Toledo, isso acontece porque a luz azul provoca degeneração da mácula. Entenda!

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 16 jan 2020, 10h37 - Publicado em 9 ago 2018, 19h23
Mulher deitada na cama mexendo no celular que está emitindo uma luz azul
 (| Foto: sapozhnik/ThinkStock)
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Os malefícios de ficar muito tempo olhando o celular são diversos e conhecidos. Tanto que, atualmente, aplicativos e até mesmo aparelhos celulares estão desenvolvendo alertas para quem saibamos a hora de deixar o aparelho de lado. Agora os estudiosos descobriram mais um motivo para não abusar do uso da telinha. De acordo com uma pesquisa feita pelos pesquisadores da Universidade de Toledo, nos Estados Unidos, a luz azul presente na tela dos aparelhos é capaz de fazer com que os usuários percam a visão.

Isso acontece porque a exposição prolongada à luminosidade liberada pelo dispositivo faz com que a retina passe por uma série de reações que favorece o surgimento de moléculas venenosas nas células dos olhos que são sensíveis à luz.

Esse processo pode acarretar em uma degeneração macular, que é a degradação da mácula, a região da visão responsável por captar os detalhes. Os principais sintomas para quando acontece essa alteração são: a vista fica embaçada e o indivíduo pode perceber uma mancha preta no centro da visão. Degeneração macular é uma condição comum especialmente em pessoas com mais de 60 anos, e o resultado pode ser a completa perda da visão.

A criação dessas moléculas prejudicais aos olhos acontece porque a vista humana não é capaz de refletir e/ou bloquear a luz azul, como explicou Ajith Karunarathne, professor assistente do Departamento de Química e Biologia da Universidade de Toledo. E o resultado disso pode ser a destruição de todas as células conhecidas como fotorreceptores e, consequentemente, a perda completa da visão – já que essas partículas não são capazes de se refazer, relatou Kasun Ratnayake, um dos estudantes envolvidos no estudo. 

Para que não houvesse dúvidas sobre a gravidade da exposição à luz azul, os pesquisadores infiltraram moléculas da retina em outros tipos de células presentes no corpo humano, como as do coração e neurônios, e também em células que podem vir a surgir, como as cancerígenas. O resultado foi preocupante: em nenhum dos casos, as células da retina sobreviveram quando expostas a esse tipo de luminosidade.

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Para aqueles que querem proteger os olhos dessa luz e manter uma boa visão, Karunarathne indica o uso de óculos escuros que filtrem os raios UV e também a iluminação azul, além de, claro, evitar mexer no celular em ambientes escuros, pois a exposição à luminosidade emitida pela tela é maior. 

 

 

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