Linfoma: saiba o que é e como prevenir a doença
No mês de conscientização da doença, saiba o que é e como identificar os sintomas para aumentar as possibilidades de êxito do tratamento
O linfoma, ainda pouco conhecido pela população brasileira, teve o número de registros duplicados nos últimos 25 anos. Porém, o diagnóstico precoce da doença possibilita a cura em 90% dos casos. O Setembro Verde, como é conhecido o mês de conscientização da doença, tem como objetivo alertar a população sobre as causas e tratamentos deste tipo de câncer. Saiba mais:
O que é:
Nosso sistema linfático é composto por vasos e células responsáveis pela produção e transporte dos glóbulos brancos, que defendem o corpo de infecções.
O linfoma ocorre quando uma célula normal do sistema linfático se transforma, cresce de maneira desordenada e se dissemina pelo organismo. “Eles se dividem em dois grupos: Hodgkin e não-Hodgkin. Ambos se diferenciam pelo tipo de célula linfática acometida e por alterações em nível molecular”, explica a especialista em hematologia Juliane Musacchio, coordenadora nacional de hematologia do Grupo Oncologia D’Or, no Rio de Janeiro.
Quais as diferenças entre os dois tipos?
Os diversos tipos de linfomas têm comportamento e grau de agressividade diversos. A diferença entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin está basicamente nas características das células malignas.
Linfoma de Hodgkin: esse tipo é responsável por apenas 12% dos casos de linfoma, sendo caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfonodo acometido, chamadas de Reed-Sternberg. “O linfoma de Hodgkin é altamente curável”, diz Juliane. Segundo a especialista, pacientes diagnosticados com a doença têm entre 70% a 90% chances de cura, inclusive nos casos avançados.
Linfoma de não-Hodgkin: esse é o tipo mais comum e ocorre quando as células sofrem transformação maligna, mas preservam algumas características iniciais, apresentando expressiva heterogeneidade morfológica.
Quais são os principais sintomas?
- Aumento do volume dos gânglios linfáticos (principalmente os do pescoço, axilas e virilha), mas também pela medula óssea, baço, fígado e trato gastrintestinal.
- Alguns linfomas estão relacionados a quadros infecciosos, que podem predispor à mutação dos linfócitos.
Como é o tratamento?
A quimioterapia, imunoterapia e a radioterapia são tratamentos eficazes, segundo a coordenadora nacional de hematologia do Oncologia D’Or. “Hábitos saudáveis de vida, como uma boa alimentação, são atitudes que auxiliam na prevenção da doença”, conclui a especialista. Ainda há a possibilidade de cura pelo autotransplante, em caso de retorno da doença.