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Bebês de Beyoncé estariam com icterícia neonatal. O que isso?

A icterícia atinge dois de cada três bebês recém-nascidos. Não causa dores nem desconforto, mas envolve riscos. Tire suas dúvidas

Por Da Redação
Atualizado em 21 jun 2017, 12h37 - Publicado em 21 jun 2017, 12h28
 (aqy/ThinkStock)
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Os fás da cantora Beyoncé, 35 anos, comemoraram o nascimento dos filhos gêmeos da cantora no último sábado (17). No entanto, a notícia veio acompanhada da informação de que eles continuavam internados por conta de algum problema de saúde. Na terça-feira (20), o site TMZ informou que eles estariam com icterícia neonatal. As informações não foram oficialmente confirmadas, mas muitas pessoas ficaram curiosas sobre a doença.

Icterícia é o nome que recebe o amarelamento da pele causado pelo aumento da concentração de bilirrubina no sangue. Segundo a hepatologista pediátrica, Gilda Porta, a bilirrubina é um pigmento amarelado presente nas hemoglobinas, células que transportam o oxigênio pelo organismo. Elas se renovam continuamente e, quando envelhecem, desmancham-se e liberam o pigmento.

Por que acontece no recém-nascido?

Na gestação, o oxigênio que abastece o bebê é distribuído por hemoglobinas especializadas em recolhê-lo diretamente do sangue materno. Após o nascimento, entra em ação um novo tipo de hemoglobina, que extrai o oxigênio do ar que chega pela respiração. Essa mudança decreta a aposentadoria das hemoglobinas fetais, que se desfazem e saturam o sangue.

Todos passam por isso?

Sim. A diferença é que alguns já têm o fígado suficientemente maduro para eliminar a sobrecarga. A maioria – principalmente os prematuros -, porém, precisa de alguns dias até que o órgão atinja a capacidade plena. Essa variação é perfeitamente normal, mas dá origem à icterícia neonatal, que surge sempre nos primeiros dias de vida e regride naturalmente em cerca de uma semana.

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Qual é o perigo?

Em concentração excessiva, a bilirrubina pode acarretar danos neurológicos irreversíveis. O tratamento consiste na fototerapia, que é a exposição do bebê a lâmpadas especiais. Elas emitem radiações, também presentes na luz do sol, que não eliminam a bilirrubina, mas neutralizam seu potencial de agressão. Casos mais graves pedem internação, para que o efeito da fototerapia seja monitorado e ajustado em função do nível de bilirrubina, medido por exames periódicos de sangue.

Quando o tratamento é necessário?

O amarelamento provocado pela icterícia neonatal é típico. Começa pelo rosto e passa por tronco, costas e abdome antes de seguir pelos membros até alcançar mãos e pés. Nem sempre todo esse caminho é percorrido, e a gravidade se avalia justamente pelo avanço: quanto mais rápido e extenso, mais grave. Se não chegar até braços e pernas, a fototerapia é desnecessária. Mas o pediatra pode optar pelo tratamento depois de avaliar fatores como ritmo de evolução, idade do bebê e algumas predisposições e características familiares (orientais, por exemplo, tendem a uma concentração maior de bilirrubina). Qualquer icterícia que surja além da primeira semana, porém, não é normal nem esperada e exige avaliação imediata.

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