PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Dores fortes e sangramento excessivo na menstruação: entenda a adenomiose

Apesar de atingir cerca de 10% das mulheres do mundo, doença é pouco conhecida. Saiba quais são suas características, sintomas e tratamentos.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 jan 2020, 10h44 - Publicado em 8 ago 2018, 07h15
Asian woman stomachache, feel pain for period conceptAsian woman stomachache, feel pain for period concept (Nattakorn Maneerat/ThinkStock)
Continua após publicidade

Uma em cada dez mulheres em idade fértil do mundo sofre de adenomiose, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Nesta doença, o tecido endometrial (camada que reveste o útero e é expelida quando menstruamos) se incrusta no miométrio, a musculatura interna da parede uterina.

Ela é uma espécie de “prima de primeiro grau” da endometriose, condição em que o tecido do endométrio se instala na parte externa do útero. Mas, apesar de ambas serem tão próximas e terem a mesma prevalência, a adenomiose não é nem de longe tão conhecida quanto a endometriose.

Para entender seus sintomas, causas e possibilidades de tratamentos, conversamos com Flavia Tarabini, ginecologista da Clínica Dr. André Braz-RJ, e com Luciana Deister, ginecologista da clínica Patricia Davidson Haiat.

Quais são os sintomas da adenomiose?

O sangramento além do comum durante a menstruação, as cólicas menstruais mais fortes que o normal e dores intensas em momentos em que não deveria haver dor, como as relações sexuais e a defecação, são os sintomas clássicos da adenomiose.

Apesar de tão marcantes, em cerca de 30% dos casos eles demoram anos para aparecer, o que contribui para a doença ser tão pouco conhecida. Além disso, muitas vezes os sintomas são confundidos com infecção urinária e apendicite ou encarados apenas como um fluxo menstrual que é intenso e logo vai passar. E o diagnóstico acaba sendo tardio, às vezes até sem querer durante os exames de rotina.

Continua após a publicidade

Como a adenomiose é diagnosticada?

O diagnóstico da adenomiose começa quando a paciente relata os sintomas, sua ginecologista suspeita que eles possam indicar esta doença e são pedidos os exames adequados: a ultrassonografia transvaginal e a ressonância nuclear magnética da pelve.

Esta última, explica Flavia, “identifica a transição entre o endométrio e o miométrio e, portanto, é capaz de evidenciar a penetração de um no outro”.

É fácil tratar a adenomiose? A doença tem cura?

A adenomiose não tem cura, mas são duas as boas notícias: ela não está ligada a transtornos paralelos, como a dificuldade para engravidar (caso da endometriose), e seus sintomas podem ser facilmente aliviados.

Continua após a publicidade

Luciana defende que “é sempre importante orientar a paciente a adotar uma mudança do estilo de vida, com alimentação anti-inflamatória e antioxidante, evitando ainda açúcar e refinados”.

Adenomiose – alimentos anti-inflamatórios
Frutas cítricas, como a laranja, o limão, a carambola e o kiwi, são anti-inflamatórias e podem ajudar a aliviar os sintomas da adenomiose (Purestock/ThinkStock)

O uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios também são necessários para conter as dores causadas pela adenomiose. Dependendo das queixas, a terapia hormonal pode ser acrescentada à lista. Quando a mulher se ajusta a uma linha de tratamento, ele é mantido até a menopausa. “É que, por questões hormonais, não há uma diminuição dos sintomas”, justifica Flavia.

Continua após a publicidade

Quem está mais sujeita a ter adenomiose?

Todas as mulheres em idade fértil são potenciais alvos da adenomiose.

De toda forma, Luciana observa que a idade média das mulheres com sintomas costuma ser a partir dos 40 anos.

Flavia, por sua vez, aponta alguns fatores que estatisticamente podem contribuir para o surgimento da doença: primeira menstruação precoce, menopausa tardia, ciclos menstruais curtos, obesidade, pólipos uterinos, ter três ou mais filhos (“Provavelmente por alterar a junção do endométrio com o músculo do útero, levando à invasão deste”) e traumas obstétricos como a curetagem (“Por possibilitar a invasão mecanicamente”).

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.