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Doenças do outono: como evitar e aliviar os problemas respiratórios

Quem tem filho alérgico sabe que esta é a estação de bater cartão no pediatra

Por Denise Bobadilha (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 14h39 - Publicado em 23 mar 2015, 19h44
Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock/Getty Images
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Chega o mês de abril e a agenda dos pediatras começa a ficar apertada. Em maio, então, mal há espaço para as emergências. Por causa de uma combinação de fatores, o outono é uma estação particularmente difícil para quem sofre de alergias respiratórias – e as crianças estão cada vez mais sujeitas a esse mal dos tempos modernos.

Inimigo número 1

Os ácaros, maiores vilões das alergias respiratórias, se alimentam sobretudo de fragmentos da nossa pele, que se depositam ao montes em colchões, travesseiros, sofás e casacos. Exterminá-los completamente não é possível. “O segredo é tornar o ambiente hostil ao ácaro, o que só se consegue com um lugar fácil de limpar”, explica o alergista Fábio Castro (veja o quadro “Quarto saudável”).

“Mais da metade da eficácia do tratamento tem a ver com a higiene do ambiente físico; o restante se obtém com o arsenal terapêutico”, garante a médica alergista Danielle Kierstman Harari, preceptora dos residentes de alergia e imunologia pediátrica na Escola Paulista de Medicina (Unifesp).

Soluções

O tratamento com medicamento passa por diferentes fases: para a crise, usam-se medicações de alívio, como anti-histamínico (antialérgico) e broncodilatador de curta ação. O tratamento anti-inflamatório, com os corticoides tópicos nasais e inalatórios, corre paralelamente e muitas vezes permanece fora dos períodos de crise, como prevenção. Aos que sofrem de dermatite atópica – a “asma” na pele -, hidratantes emolientes indicados pelos médicos e pomadas específicas são as armas mais eficazes.

As vacinas (imunoterapia) funcionam como tratamento coadjuvante em muitos casos de rinite alérgica persistente e, às vezes, de asma. Elas são preparadas em laboratórios que produzem extratos padronizados e somente devem ser prescritas se o paciente possuir o teste alérgico positivo. “Além de acompanhamento médico, o ambiente adequado, alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos melhora a capacidade pulmonar e fortalece a parte muscular, o que também ajuda a manter a alergia sob controle”, afirma Danielle.

Por que os alérgicos sofrem no outono

1. Inversões térmicas, que aumentam a concentração de poluentes na atmosfera, e variações climáticas em um mesmo dia afetam o sistema respiratório.

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2. A queda de folhas de árvores traz mais partículas para os ambientes.

3. Roupas guardadas por muito tempo, gavetas e armários que ficaram fechados… Onde há mofo, há irritação.

4. Uma frente fria súbita faz todo mundo tirar casacos e cobertores que estavam guardados e usá-los sem lavar antes. Crise na certa.

5. Ficar muito tempo em ambientes fechados ajuda na proliferação de ácaros, que se alimentam de fragmentos de pele.

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6. A permanência prolongada em locais com menor ventilação facilita o contágio por vírus e agentes alérgenos. A criança que apresenta secreção de rinite, inócua, ao entrar em contato com gotículas de espirro ou tosse de alguém com infecção, tem mais risco de se contaminar.

Como é um quarto saudável

Piso: nada de tapetes ou carpetes. Limpe o chão sempre com pano úmido, nunca com vassouras.

Paredes: tire as cortinas. Lembre-se de tirar o pó com um pano levemente úmido.

Guarda-roupa: casacos e roupas de inverno devem ser lavados antes do início do frio, assim como edredons (melhores do que cobertores).

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Brinquedos: quanto menos objetos expostos houver no quarto, melhor para a criança. Evite sobretudo os bichos de pelúcia.

Cama: o colchão deve ser coberto com um capa impermeável, evitando que os ácaros se instalem em seu interior.

Janelas: deixe a luz do sol e o ar entrarem no quarto o maior tempo possível. Um ditado já diz: “Onde entra o sol, não entra o médico”.

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