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Doação compartilhada de óvulos: como funciona esse procedimento e outras dúvidas esclarecidas

CLAUDIA conversou com o doutor Paulo Gallo, especialista em fertilização, para compreender como funciona

Por Isabella Marinelli
Atualizado em 28 out 2016, 14h38 - Publicado em 21 abr 2016, 17h58
FamVeld/Thinkstock/Getty Images
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Nem todas as mulheres vivem com plenitude o sonho de ser mãe. Estima-se que, no Brasil, mais de 278 mil casais em idade fértil tenham dificuldade para conceber um filho. Já segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras associações científicas, de 8% a 15% dos casais têm algum problema de infertilidade. Especialistas definem essa deficiência como a incapacidade de se engravidar após um ano de relações sexuais regulares sem uso de contraceptivos.

Se isso não acontece, algumas famílias buscam o auxílio da medicina para concretizar seus planos. Essa ajuda pode ser satisfatória apenas em consultório médico ou chegar aos laboratórios e clínicas de fertilização.

Reprodução assistida

O doutor Paulo Gallo, diretor médico do Centro de Fertilização Vida, comenta que não há só um tipo de procedimento de reprodução assistida. “Existem as de baixa complexidade, como o coito programado, em que a relação sexual acontece no momento da ovulação, ou a injeção de espermatozóides. A fertilização in vitro é considerada de alta complexidade”, explica.

O tratamento é, muitas vezes, chamado de “Bebê de Proveta”. Ela consiste na manipulação das células sexuais, denominadas gametas, em laboratório e, após a fecundação, o embrião é colocado organismo materno.

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Para que haja sucesso no processo, alguns fatores são decisivos. Infelizmente, a idade do óvulo é um deles. “A taxa de gravidez varia de 60%, em mulheres com 30 anos, até 1%, em mulheres a partir de 44”, afirma o especialista.

O que é a doação compartilhada?

Nesse momento, a doação compartilhada de óvulos torna-se uma alternativa importante para quem tem problemas no próprio ovário ou idade avançada. O método é autorizado pelo Conselho Federal de Medicina e permite que mulheres que estão em tratamento de reprodução assistida com seus próprios óvulos e desejam, seja por altruísmo ou questões financeiras, doar parte do que é coletado, possa fazer isso.

A paciente concorda em ceder parte de seus óvulos para outra mulher esta, por sua vez, oferece um auxílio para pagar parte do procedimento de fertilização in vitro da doadora. “Para que a doação compartilhada seja viável, o custo da doadora é diminuído. Por outro lado, a receptora economiza o valor dos remédios de indução à ovulação, por exemplo”, conta doutor Gallo. Geralmente, as receptoras são mulheres acima dos 35 anos de idade que não produzem óvulos; já as doadoras têm uma boa reserva ovariana – essa determinação acontece por meio de exames específicos – e menos de 35 anos.

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Posso saber quem é a minha doadora?

Todo o trâmite é feito pela clínica de fertilização e as pacientes envolvidas no procedimento são mantidas anônimas. As únicas informações compartilhadas são as descrições básicas das características físicas, pois busca-se a compatibilidade entre as doadoras.

Após uma série de exames que investigam os riscos e o histórico de doenças genéticas até a sexta geração das famílias e a combinação saudável de genes, o processo pode ser iniciado.

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