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DIU: tipos no mercado, diferenças e indicações de uso

Ginecologista explica como funciona o contraceptivo que pode agir por até 10 anos

Por Ana Luisa Cardoso
24 Maio 2022, 08h12
DIU
DIU é considerado um dos contraceptivos mais seguros: mas há impacto no desejo sexual? (Carol Yepes/Getty Images)
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Método contraceptivo, o DIU é um dispositivo intrauterino, que pode ser encontrado em versões hormonais e não hormonais, como explica Isabel Cristina Esposito Sorpreso, ginecologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Eles são pequenos, geralmente no formato em T, e podem ter validade de cinco e 10 anos. A sua ação também é reversível, ou seja, quando a mulher desejar engravidar, bastará interromper o seu uso.

“São métodos extremamente eficazes, com menos de uma gravidez em cada 100 mulheres que o utilizam em um ano. As taxas de falha são muito baixas”, disse a especialista. “Atualmente, no mercado, eles são todos medicados, mesmo os não hormonais”.

Esses, não hormonais, são os de cobre ou os de cobre com anel de prata. “O cobre tem mecanismos de ação para evitar a gravidez, como o espessamento do muco endocervical e tubário, e redução da motilidade do flagelo do espermatozoide“, disse.

Holding an IUD birth control device in hand
DIU está disponível nas versões de cobre ou hormonais. (flocu/Getty Images)

“O DIU hormonal tem a liberação de um progestagênio. Ele vai fazer as mesmas coisas [ao de cobre], um espessamento do muco tubário, reduzir motilidade espermática, só que trará um benefício a mais, um adelgaçamento do endométrio, que reduz o padrão de sangramento dessa mulher”, disse. “Todos os métodos contraceptivos trazem mudança de padrão menstrual, seja a pílula, injeção, tirando os métodos comportamentais e de barreira, todos geram mudança de padrão menstrual”, ressalta.

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Segundo a médica, os hormonais possibilitam liberação de levonorgestrel em duas dosagens, de 52 mg e 19,5 mg. Os de 52 mg, hoje, são usados como ferramenta para diferentes tratamentos. “Existem algumas mulheres que, além de buscar uma anticoncepção duradoura, precisam de algum tratamento específico para o útero, se elas têm adenomiose, endometriose ou mioma, por exemplo”, disse. “A ação deles é principalmente intrauterina, mais de 85% dessas mulheres permanecem ovulando porque o mecanismo de ação deles são locais, com raras exceções”. Já o DIU de 19,5 mg está liberado no país apenas como anticoncepcional.

A médica ressalta que a indicação de contraceptivos tem que levar em consideração os critérios de elegibilidade da Organização Mundial da Saúde. “Eles vão sinalizar alguns métodos que são indicados ou não para mulheres com algumas condições de saúde e clínicas, como diabetes e hipertensão, por exemplo”, disse. “Todos esses critérios tem que ser avaliados na escolha de um método contraceptivo junto com a paciente. Não é uma questão de ter hormônio ou não, mas avaliar o histórico, necessidades e condição clínica da mulher”.

Quem optar por DIU, deverá prosseguir com acompanhamento ginecológico, com exames clínicos, para checar o posicionamento do dispositivo. “A inserção do dispositivo intrauterino pode ser feita via ambulatorial com utilização de analgésicos ou de anestésicos, fica a critério clínico do médico e da paciente”, disse.

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