Dia Mundial de Combate à Meningite: entenda a importância da vacina
A doença causa inflamação no sistema nervoso, podendo prejudicar o bom funcionamentos do organismo e, até mesmo, levar o paciente a óbito.
Nesta quarta-feira, 24 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Meningite. A doença é caracterizada por uma inflamação das meninges, revestimento do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e pode ser fatal, caso não seja tratada adequadamente.
Suas formas de contágio mais comuns são por meio de vírus, fungos ou bactérias. Esta última é a chamada meningocócica, que além de ser a com maior potencial de ser fatal, é também a que tem maior recorrência no Brasil.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença causada pela bactéria Neisseria meningitidis registrou ao menos 1.060 ocorrências em 2018 no Brasil, atingindo principalmente as regiões Sul e Sudeste.
Sintomas
Os principais sintomas da meningite são febre, dor de cabeça, falta de apetite, náuseas, vômito e sonolência.
Mas o que vai fazer com que o médico consiga detectar a doença é a rigidez da nuca. “A infecção causa a impossibilidade do paciente encostar o queixo no peito”, explica a Infectologista Mariana Quiroga, do Hospital Regional do Baixo Amazonas.
Importância do rápido tratamento
Por se tratar de uma doença que ataca o sistema nervoso, a meningite pode deixar uma série de sequelas no paciente. Entre elas estão confusão mental, paralisia, surdez, cegueira, distúrbios de linguagem, convulsões e falência múltiplas de órgãos.
Quanto mais cedo for identificada a doença, menor será o impacto das sequelas.
No caso da meningocócica, a situação é ainda mais urgente. A bactéria pode cair na corrente sanguínea, levando pelo menos 20% dos pacientes a óbito cerca de 48 horas depois da manifestação inicial dos sintomas.
Como é feito o tratamento?
Em casos de meningite viral, que normalmente são menos graves, o tratamento é sintomático. São recomendados, assim, repousos, hidratação e medicamentos para alívio da dor.
Já para a meningite bacteriana, o tratamento deve ser feito o mais rápido possível, com uso de antibióticos. Se a meningite for fúngica, utiliza-se fungicidas.
Prevenção
A transmissão da meningite se dá pela saliva e pelo contato com secreções respiratórias, através de tosses e espirros. Por isso, evitar a contaminação é bastante difícil, caso você não esteja imunizada.
É por esse motivo que existem as vacinas, que te protegem contra os tipos mais comuns de meningite e estão disponíveis nos postos de saúde.
As crianças pequenas correm maior risco de ser infectadas e, por isso, são o grande alvo das campanhas de vacinação. Mas isso não significa que adultos estão livres! Todos podem contrair meningite.
A vacina contra os tipos A, C, W e Y é recomendada para crianças com mais de 3 meses de idade, podendo ser indicada para jovens e adultos, de acordo com a situação epidemiológica. Já as vacinas para a prevenção do tipo B têm indicações de idade diferentes, mas abrangem a faixa etária dos 2 meses aos 50 anos.