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Como evitar a azia depois da ceia de Natal

Com a fartura na mesa das comemorações de final de ano, é comum exagerar na quantidade; entenda a compulsão

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
24 dez 2017, 00h33
Ceia de Natal
Ceia de Natal (Getty Images/Getty Images)
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Confira as orientações da nutricionista Bianca Vieira de Souza, da Estima Nutrição, para evitar o aparecimento de sintomas como azia, constipação intestinal, dor de cabeça e diarreia depois das comemorações natalinas.

  1. Prefira alimentos cozidos e mais leves, como verduras e legumes;
  2. Evite ingerir diversos tipos de carne, muito comuns na ceia natalina;
  3. Aumente a ingestão de líquidos, principalmente água e chás;
  4. Não exagere na  ingestão de frutas muito ácidas, também presentes em drinques e sobremesas;
  5. A água com gás pode ajudar num primeiro momento a aliviar os sintomas, mas não é capaz de tratar a azia;
  6. Se você sofre de gastrite, evite alimentos gordurosos, temperos fortes como pimentas e mostarda, refrigerantes, alimentos ácidos (vinagre, limão), bebida alcoólica e doces em excesso.

COMPULSÃO

A ceia de Natal é um dos momentos mais esperados das festas de fim de ano, por reunir familiares e amigos com um objetivo em comum: comemorar juntos a chegada do Natal com muita fartura.

São inúmeras as opções de carnes, que nem sempre se resumem ao peru, além do grande número de guarnições e outros pratos, o que torna quase impossível não devorar tudo sem freio. Então é comum que pessoas que já possuem algum tipo de desconforto gástrico como a azia ou até mesmo compulsão alimentar sofram mais em épocas como esta.

O neurologista, psiquiatra com foco em emagrecimento e professor da Universidade de São Paulo Sidney Chioro explica que há uma diferenciação entre a vontade de comer e a fome propriamente dita e que reconhecer a diferença faz parte de um exercício diário.

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 “O impulso por comer pode estar aparecendo devido a outros problemas, inclusive distúrbios psicológicos como a ansiedade, por exemplo. Pergunte-se sempre se você está comendo porque realmente está com fome”, explica.

 “O nosso cérebro tem no centro o sistema límbico, onde se formam as nossas emoções. Abaixo, está localizado o hipotálamo, um centro de processamento cerebral que concentra os sinais que temos de fome e saciedade, e que, portanto, possui função regulatória da ingestão de alimentos e gera, dessa forma, as respostas apropriadas para comermos ou não.”

O que confunde, portanto, esses dois sentimentos, é a proximidade das estruturas do sistema límbico com o hipotálamo. “É essa primeira superfície, responsável pelas emoções e comportamentos sociais, que possui papel determinante no aparecimento de sensações de gula e compulsão”, esclarece.

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 O médico também analisa que o efeito-sanfona, muito comum no período anterior e posterior às festas de fim de ano, surge porque a maioria das pessoas que desejam emagrecer acabam se privando da comida. “Questionar-se sobre a real necessidade de ingerir aquela determinada quantia de alimentos é uma das formas mais efetivas para reeducar o paladar, e isso também tem a ver com a forma com que você come, se você se alimenta em frente à TV ou à tela do computador”, explica o especialista, que oferece em seu instituto uma técnica que promove a desconexão límbico-hipotalâmica para reduzir a compulsão alimentar dos seus pacientes.

Equilíbrio é a palavra-chave para aproveitar a ceia e o almoço de Natal sem desconfortos posteriores.

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