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Câncer de mama: estudo clínico pode ser oportunidade de acesso a novos tratamentos

O oncologista e pesquisador Gustavo Werutsky explica como as pacientes podem participar dos estudos

Por Hysa Conrado
Atualizado em 30 out 2024, 14h50 - Publicado em 30 out 2024, 08h00
Mulher vestida de bata hospitalar segurando cartaz com ilustração de seios
Participar das pesquisas também é uma oportunidade de ajudar outras mulheres (Pexels/Reprodução)
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Os tratamentos para o câncer de mama têm avançado a passos largos e essa evolução só acontece porque há uma série de pesquisas clínicas em andamento pelo mundo. No Brasil não é diferente e participar desses estudos pode ser uma maneira de acessar medicamentos inovadores, segundo o oncologista Gustavo Werutsky, que também é head científico do projeto ‘MAMA’.

“Acho muito importante que toda paciente com diagnóstico de câncer de mama, seja metastático ou não, quando muda a linha de tratamento pergunte ao seu médico se tem algum estudo aberto para ela participar. Isso contribui não só para ela, como pode mudar a prática para várias mulheres do mundo daqui a três ou cinco anos”, explica.

O oncologista foi um dos convidados da Casa Clã MAMA, evento de CLAUDIA e VEJA SAÚDE que aconteceu no dia 4 de outubro.

Entenda como é participar de um estudo clínico

A maior parte dos estudos em aberto no Brasil estão na fase três, a última etapa de aprovação do medicamento pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Isso significa que existe uma grande probabilidade de que o resultado desse novo tratamento seja positivo.

“Eu acho que isso dá confiança para as pacientes. E é claro que, quando ela entrar no estudo, vai receber todas as informações sobre o remédio”, afirma o oncologista.

Além dos dados referentes ao novo medicamento, o estudo também se torna responsável por custear todo o tratamento da paciente, o que inclui os exames e o deslocamento, caso a pesquisa seja realizada em um local diferente de onde ela reside.

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“A maior parte das pacientes são muito receptivas quando a gente conversa sobre um estudo clínico aberto”, destaca Werutsky.

O oncologista Gustavo Werutsky na Casa Clã MAMA 2024
O oncologista Gustavo Werutsky na Casa Clã MAMA 2024 (Flavio Santana/@flaviosantanaphoto/CLAUDIA)

Caso seja selecionada para participar da pesquisa, é importante que a paciente entenda que não necessariamente ela fará parte do grupo que receberá o novo medicamento. Isso porque, em um estudo clínico, é preciso que os participantes sejam divididos em grupos: um que receberá a novidade e o que fará o tratamento convencional. Esse é um processo comum, já que é preciso comparar o desempenho da medicação que está sendo testada.

É a partir dessas pesquisas que diversos novos tipos de tratamento têm sido implementados e estão mudando a vida de muitas mulheres. O especialista destaca uma nova geração de terapias hormonais, além de um tipo de imunoterapia que está auxiliando pacientes com tumores mais agressivos.

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“E, por último, os anticorpos conjugados a drogas, que são formas inteligentes de liberar a quimioterapia diretamente dentro do tumor através de marcadores. Assim, conseguimos dar uma dose muito alta de quimioterapia com baixa toxicidade”, explica Werutsky.

O oncologista é diretor executivo do LACOG (Latin American Cooperative Oncology Group), uma rede de pesquisa clínica com mais de 1.600 membros na América Latina que atua com o objetivo de descrever como as pacientes com câncer de mama são tratadas no Brasil, além de também realizar estudos sobre novos medicamentos.

“Criamos esse grupo com vários investigadores para estudar as nossas pacientes, que às vezes têm alterações genéticas específicas ou biomarcadores no tumor específicos da nossa população, e isso pode impactar o tratamento”, explica.

Além da possibilidade de perguntar ao médico sobre a existência de alguma pesquisa, as mulheres interessadas podem acessar essa informação por meio de associações de pacientes ou de organizações como o Instituto Oncoguia, que tem uma página dedicada apenas a estudos clínicos.

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Apesar da perspectiva otimista, é importante ressaltar que apenas 5% das pacientes dos hospitais no mundo inteiro conseguem participar dos estudos. Na América Latina o cenário é ainda mais reduzido porque o número de pesquisas em aberto também é pequeno e, em alguns casos, há requisitos específicos que as pacientes precisam preencher para entrar.

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