Brasileiros sabem a teoria da vida saudável, mas não colocam em prática, indica pesquisa
Em uma pesquisa inédita, 48% dos entrevistados se consideram acima do peso ideal e 83% desconhecem a deficiência de micronutrientes de seus organismos.
Preocupar-se com a alimentação, em praticar exercícios físicos regularmente, ter uma boa noite de sono e até mesmo ter um hobby são alguns dos pilares do estilo de vida saudável. Na pesquisa inédita da Revista SAÚDE É VITAL, em parceria com a Centrum, 1190 brasileiros responderam questões sobre o que consideram ser saudável – e como a vida moderna pode impactar na conquista desse objetivo.
Quando se fala em uma vida mais saudável, parece que todo mundo já sabe o que deve ser feito, não é? Mas, de acordo com a pesquisa, apenas 9% dos entrevistados considera ter um estilo de vida saudável. Curiosamente, o fator mais importante para ser essa pessoa com uma boa saúde é dormir bem. Isso porque para 53% dos entrevistados, a saúde mental é ainda mais importante do que o restante – como a alimentação e ser magro -, o que deixa claro que a rotina estressante é um ponto crucial para que eles possam ser verdadeiramente saudáveis.
E essa realidade da vida moderna é o principal motivo para que essas mudanças não ocorram: 33% pretende cuidar da saúde em outro momento, 29% acreditam não ter tempo para ser mais saudável e 25% têm dificuldade em encontrar motivação para tal. Talvez a crença de que é preciso ter mais que 24 horas no dia para dar conta de trabalho, estudos e ainda encontrar forças para fazer exercício, beber dois litros de água, evitar fast food e dormir oito horas à noite seja mais um motivo para a difícil missão de seguir o lifestyle.
A bem da verdade, 93% das pessoas que responderam a pesquisa entendem que deveriam ingerir mais algum alimento, mas não conseguem. E pode acreditar que 59% dizem que as sementes são o maior problema! O que 83% não sabem é que a questão da alimentação vai muito além de consumir mais frutas com casca ou alimentos integrais. A fome oculta é a carência de micronutrientes (como vitaminas e minerais) que não se manifesta tão claramente como deficiências graves. Ela é fruto de uma alimentação que não contempla bem todos os grupos, deixando a desejar nas quantidades ingerida de nutrientes como vitamina D, ferro e cálcio.
Um ponto interessante debatido no Fórum é que, apesar de 60% dos entrevistados afirmarem frequentarem consultórios médicos para cuidarem da saúde, 31% não compreendem totalmente as orientações passadas. É aí que mora o “X” da questão alimentar (e até mesmo de outros pontos da vida saudável): muitos ficam em dúvida sobre o que precisam evitar, o que é essencial consumir e até mesmo quais outras atitudes podem influenciar no quadro geral de uma vida balanceada.
Nesse momento, problemas como falta de motivação, tempo para se programar, pesquisar e realizar tudo que é preciso e até mesmo a compreensão do quanto é importante mudar atitudes com resultado à longo prazo fazem todo sentido. Fato é que as pessoas dispõem de toda informação necessária – que, aliás, 66% encontram em buscas na internet -, mas não o conhecimento completo de como elas podem atingir seus objetivos de vida. Sejam eles quais forem.