As mulheres e o cuidado com a saúde: da puberdade à velhice
Acompanhamento médico e exames periódicos devem fazer parte da rotina feminina para garantia de bem-estar físico e emocional
A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) mostrou que mais de 80% das mulheres buscam ajuda profissional com frequência.1 Para elas, a visita a consultórios médicos começa cedo e o ginecologista é o especialista que deve acompanhar a saúde feminina.2
Se a paciente for saudável, a primeira consulta deve ser feita depois da primeira menstruação, que acontece geralmente entre 11 e 12 anos.3 “O ginecologista deverá explicar o que está mudando no corpo da menina, fazer o controle do ciclo menstrual e orientar sobre os cuidados que se deve ter”, afirma a dra. Daniela Selano, coordenadora do CHN Mulher, unidade do Complexo Hospitalar de Niterói, no Rio de Janeiro, pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil.
Exames de rotina
Iniciada a vida sexual, como explica a médica, alguns exames preventivos passam a fazer parte da rotina. São eles: o papanicolau, para detectar alterações nas células do colo do útero,4 a ultrassonografia transvaginal, para avaliar os órgãos genitais internos,5 e a ultrassonografia mamária.
Em casos de mulheres com histórico de câncer de mama na família, exames como a mamografia também devem ser inseridos no check-up.6 “A partir dos 40 anos, independentemente de estar sentindo alguma mudança no corpo, a mamografia passa a ser obrigatória também”, ressalta a dra. Fernanda Philadelpho, radiologista especialista em mama e coordenadora do Alta Excelência Diagnóstica e do CDPI, ambos da Dasa no Rio de Janeiro.
A partir dos 50 anos, a dra. Adriana Bittencourt Campaner, ginecologista do Salomão Zoppi, laboratório de análises clínicas e de imagem da Dasa, em São Paulo, indica que se devem acrescentar outros exames, como a densitometria óssea,7 para avaliar possíveis casos de osteoporose e osteopenia. “O ginecologista precisa ter um olhar integrado e pedir exames complementares de acordo com as queixas e necessidades das pacientes, que vão além dos órgãos reprodutores”, explica.
Tecnologia de ponta
É fato, então, que as necessidades das mulheres são diferentes para cada idade, mas que o acompanhamento com especialistas é parte de sua vida. Por isso, segundo a dra. Fernanda Philadelpho, é importante que elas possam contar com espaços especializados, multidisciplinares e bem equipados. “Na Dasa, nós temos o primeiro aparelho de ultrassonografia automatizada do país e estamos inovando, recebendo um equipamento de mamografia com contraste. Poder contar com tecnologia de ponta faz toda a diferença”, comemora.
A alta tecnologia está presente também na genética, como explica o dr. Alessandro Silveira, consultor de genômica de microrganismos da Dasa Genômica, braço de genômica que faz parte da rede. “Nós realizamos o sequenciamento genético da microbiota vaginal, um exame de última geração, para ajudar os médicos nas tomadas de decisão”, explica.
Uma das principais queixas das pacientes é o corrimento vaginal de repetição. Atualmente, o tratamento é feito com base em alguns exames que têm limitações, pois identificam infecções de forma simples. “Por meio do microbioma vaginal, é possível entender com mais propriedade como está a comunidade microbiana da paciente, que é um importante componente de defesa da mucosa vaginal contra agentes agressivos e patogênicos, como a candida e as vaginoses”, continua o especialista.
Como a candidíase e a maioria das vaginoses são tratadas de forma diferente, com antifúngicos e antibióticos, respectivamente, e ambas têm uma recorrência comum, o teste genético pode ser decisivo na escolha do tratamento.
O autocuidado é fundamental e a dra. Fernanda recomenda que ele aconteça de forma recorrente e tendo como foco a saúde e o diagnóstico precoce. “Olhar para a nossa saúde de forma integral é de suma importância para alcançar bem-estar, qualidade de vida e até mesmo prevenir doenças”, conclui a médica.
Referências:
- Pesquisa Nacional de Saúde. IBGE. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101748.pdf. Acesso em: 21 jul 2022.
- Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf. Acesso em: 21 jul 2022.
- Proteger e Cuidar da Saúde de Adolescentes na Atenção Básica. Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica_2ed.pdf. Acesso em: 21 jul 2022.
- Papanicolau (exame preventivo de colo de útero). Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/papanicolau-exame-preventivo-de-colo-de-utero/. Acesso em: 21 jul 2022.
- Ultrassonografia transvaginal. Governo Federal. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/servicos-estaduais/ultrassonografia-transvaginal. Acesso em: 21 jul 2022.
- Fatores de risco. INCA – Instituto Nacional de Câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/fatores-de-risco#:~:text=Mulheres%20que%20possuem%20v%C3%A1rios%20casos,risco%20elevado%20para%20a%20doen%C3%A7a. Acesso em: 21 jul 2022.
- Em qual idade devemos solicitar densitometria óssea para homem e mulher? Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://aps-repo.bvs.br/aps/em-qual-idade-devemos-solicitar-densitometria-ossea-para-homem-e-mulher/#:~:text=todas%20as%20mulheres%20de%2065,relacionados%20ao%20estilo%20de%20vida). Acesso em: 21 jul 2022.