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Afinal, o anticoncepcional faz mal?

Os benefícios da pílula são inegáveis, mas é preciso cuidado na hora de escolher a sua para evitar problemas sérios. Conheça os riscos e também outros tipos de contracepção

Por Pamela Marul
Atualizado em 11 abr 2024, 20h29 - Publicado em 13 Maio 2015, 08h18
Thinkstock/Getty Images (/)
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Hoje existem diversos métodos contraceptivos, com e sem hormônios, mas a pílula ainda é o mais usado pelas mulheres. Ela traz muitos benefícios, além de evitar a gravidez. Entre eles, regula a menstruação, diminui as cólicas, melhora os sintomas da TPM e protege contra câncer de ovário e de endométrio. Entretanto, também pode representar riscos à saúde quando o uso é feito por conta própria, sem levar em consideração pontos importantes. “A decisão de tomar o anticoncepcional deve ocorrer em conjunto com o ginecologista, após conversa detalhada durante a consulta médica. Ele precisa saber de seu histórico familiar, hábitos de vida, medicações que toma. Um exame clínico também é feito”, explica o ginecologista Gustavo Ventura Oliveira, da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Caso você não possa usar um método hormonal (além da pílula, existem outros listados abaixo), o médico dará alternativas.

Riscos implacáveis

Estima-se que o uso de anticoncepcionais com hormônios aumente em até quatro vezes o risco de a mulher sofrer uma trombose. Por isso é tão importante que o médico saiba se a paciente apresenta algum fator de risco que eleve ainda mais essas chances. Ter predisposição genética ou alguém na família com doença cardiovascular, ser fumante, sedentária, obesa, diabética e hipertensa são condições que podem impossibilitar a mulher de usar a pílula. Tudo vai depender da avaliação do médico. Além de trombose, uma pílula mal indicada pode provocar infarto e AVC.

Outros efeitos

A pílula pode ser responsável por outros incômodos: enjoo, dor de cabeça ou nas mamas, tontura, ganho de peso, manchas no rosto e também mudanças de humor. Nesses casos, peça para o médico uma pílula com outra formulação.

Usar pílula por muito tempo sem parar faz mal?

Não há um efeito cumulativo quando o uso é contínuo e por longos períodos. E, ao contrário do que muita gente pensa, tomar pílula por muito tempo não compromete a fertilidade da mulher. Conheça 16 mitos e verdades sobre o anticoncepcional

Antibiótico diminui o efeito?

Sim, antibióticos como a rifampicina, a tetraciclina e a ampicilina podem reduzir a eficácia da pílula, assim como alguns medicamentos anticonvulsivos usados no tratamento da epilepsia. Vale informar o ginecologista se for tomar um desses remédios e também usar camisinha.

A pílula detona o desejo sexual?

Sim, pode acontecer. É que o estrogênio diminui o nível de testosterona, hormônio masculino responsável pela libido. Consulte o médico e tente mudar o anticoncepcional.

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Outros métodos anticoncepcionais

Hormonais

  • Injetáveis mensais (progesterona e estrogênio)

Ideal para quem usa medicação que pode diminuir a eficácia da pílula ou mulheres que esquecem de tomar o contraceptivo. Como a pílula, eleva o risco de doenças vasculares em algumas pessoas.

  • Anel vaginal (progesterona e estrogênio)

Indicado para quem não se adapta à pílula por sentir enjoo ou dor de cabeça. É colocado no fundo da vagina pela mulher e fica no corpo por três semanas. Também pode aumentar a possibilidade de doenças vasculares.

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  • Adesivo cutâneo (progesterona e estrogênio)

Colado na pele, é boa opção para quem enjoa com pílula. Cada adesivo dura uma semana. A chance de doenças vasculares também aumenta.

  • Implante com progesterona

Dura três anos e é inserido sob a pele pelo médico, com anestesia local. É indicado para quem amamenta ou sofre de endometriose. O risco de doenças vasculares também existe.

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  • DIU de progesterona

Alivia cólica e é bom para quem tem endometriose ou fluxo intenso. Dura cinco anos e também eleva a chance de doenças vasculares em algumas mulheres.

  • DIU de cobre

Dura de três a dez anos. Deve ser evitado por mulheres com cólicas ou fluxo intenso, já que pode agravar os sintomas. Não eleva o risco de doenças vasculares.

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Não hormonais

  • Preservativos

Além de evitar uma gravidez indesejada, a camisinha é eficaz para prevenir doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatite e a sífilis. Caso você não se adapte a nenhum dos outros métodos, vale considerá-la. Não tem relação com doenças vasculares.

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