5 inovações tecnológicas que estão transformando o cuidado no câncer de mama
Inovações como mamografia 3D, inteligência artificial e testes genéticos avançam no diagnóstico e tratamento do câncer de mama

Quando o assunto é câncer de mama, as inovações tecnológicas podem salvar vidas. Novos tratamentos, métodos de diagnóstico e adaptações em tecnologias já existentes, que tornam o cuidado mais acessível, permitem identificar a doença de forma mais rápida e tratar o câncer de forma mais potente.
“O investimento em inovações possibilita que mais mulheres recebam diagnóstico precoce, retomem suas atividades o mais rapidamente possível, com tratamentos menos invasivos e muito menos custosos para o sistema público de saúde”, afirma Cris Assumpção, diretora executiva do Instituto Protea.

Para reforçar a importância de discutir as inovações tecnológicas no combate ao câncer de mama, o tema será abordado na Casa Clã Mama, evento gratuito das revistas CLAUDIA e Veja Saúde, que acontece em 3 de outubro (veja aqui a programação e como participar). Cris Assumpção e a médica Flora Finguerman, do Alta Diagnósticos, participarão do talk. A seguir, destacamos algumas dessas inovações.
5 inovações tecnológicas que estão transformando o cuidado no câncer de mama
- Mamografia 3D, a tomossíntese
A médica Flora aponta a mamografia 3D, ou tomossíntese, como uma inovação fundamental. O exame capta imagens da mama em diferentes ângulos e cria um modelo tridimensional, o que facilita a detecção de alterações e melhora o diagnóstico.
- Modelos matemáticos de cálculo de risco
Outra inovação são os modelos matemáticos que calculam o risco individual de cada mulher desenvolver câncer de mama. “Hoje, sabemos muito mais sobre os riscos da doença e como eles variam de pessoa para pessoa. Mulheres com risco elevado, identificado por meio de questionários e modelos de cálculo, podem precisar de exames adicionais, como a ressonância magnética, além da mamografia. Isso permite monitorar mais de perto esse grupo e detectar o câncer em fases ainda mais precoces”, explica Flora.

- Inteligência artificial na saúde
A inteligência artificial já apoia a interpretação de exames de imagem, especialmente a mamografia. “É possível identificar padrões que o olho humano não percebe. Quando a IA aponta risco aumentado para determinado paciente, podemos acompanhar com mais proximidade e tentar diagnosticar em estágios precoces”, comenta a médica.
- Testes genéticos
O teste genético também tem papel importante na prevenção. “O geneticista avalia quem deve realizar o exame, geralmente indicado para quem tem uma família com histórico de casos de cânceres diferentes. Com o resultado do teste, mulheres podem planejar cirurgias redutoras de risco, organizar sua fertilidade e se preparar melhor para lidar com a situação. Elas conseguem assumir o controle sobre a própria vida”, explica Flora.
- Análises aprofundadas
Estudos recentes investigam a integração de fatores laboratoriais e clínicos no rastreamento do câncer de mama. “Acredito que teremos muiro vindo por aí. Mas, até o momento, os exames de imagem, especialmente a mamografia, continuam sendo o que a gente conhece comprovadamente”, ressalta a especialista.
A desigualdade no acesso às novas tecnologias

No Brasil, uma em cada oito mulheres pode desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Ao mesmo tempo, o acesso às inovações ainda não é igualitário. “Existe uma grande desigualdade, seja entre as regiões do país, seja na comparação entre a medicina pública e a privada”, observa Cris Assumpção.
Instituições como o Instituto Protea buscam reduzir essa lacuna. “Nosso objetivo é diminuir a taxa de mortalidade por câncer de mama no Brasil. Para isso, investimos em tecnologias inovadoras de baixo custo, capazes de serem implementadas em larga escala no SUS, beneficiando mulheres e homens com a doença”, reforça Cris.
Mesmo com esses desafios, o país tem reconhecimento internacional pelo acesso ao tratamento oncológico.
“A mamografia digital já está amplamente disponível, com boa parte dos equipamentos substituídos pelos modelos mais modernos. Porém, recursos avançados, como a ressonância magnética, ainda não chegam a todos. O acesso à saúde no Brasil, assim como no mundo, varia bastante, inclusive quando olhamos para as diferenças regionais”, conclui a médica do Alta Diagnósticos.
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