5 hábitos alimentares de outros países que podem beneficiar sua saúde
Que tal comer mais devagar, como os franceses, ou incluir mais frutas vermelhas nas refeições, como os escandinavos?
A tradição alimentar brasileira é bem representada pelo PF, o famoso prato feito dos restaurantes de todo o país: arroz, feijão, uma carne, ovo, batata frita ou cozida e uma salada (normalmente alface e tomate). Se der para colocar uma farofinha para acompanhar, então, fica perfeito!
Claro que no dia a dia outros alimentos são bem populares, como a massa, algumas frutas fáceis de levar para o trabalho (banana e maçã) e sanduíches. E está ótimo: de acordo com o endocrinologista Mario Kehdi Carra, membro da Abeso – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, o PF é uma das refeições mais equilibradas de que se tem notícia e só traz benefícios para a saúde.
Mas acrescentar alguns hábitos de outros países às nossas refeições pode beneficiar ainda mais a saúde. Buscamos em estudos os cinco mais fáceis de aplicar no Brasil.
Comer devagar e em porções pequenas, como os franceses
A pessoa francesa comum investe 2 horas e 22 minutos de seu dia comendo, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Instituto Crédoc de Estudos sobre o Consumidor. Considerando que na França o normal é fazer três refeições por dia, concluímos que são, em média, 47 minutos para cada café da manhã, almoço ou jantar. Já por aqui, segundo a Pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro, são no máximo 30 minutos para cada refeição.
É importante comer devagar e em porções pequenas para respeitar o ritmo da sensação de saciedade. O cérebro leva cerca de 20 minutos para entender que o corpo está sendo alimentado; se a pessoa come com pressa, colocando grandes porções de comida na boca por vez, vai ingerir mais do que o necessário, o que prejudica a digestão e pode aumentar a gordura corporal de forma perigosa.
Incluir frutas vermelhas nas refeições, como os escandinavos
Seja de forma avulsa no café da manhã ou no meio de receitas do almoço e do jantas, noruegueses e suecos têm o hábito de incluir frutas vermelhas em suas refeições. Mirtilos, framboesas e amoras sempre marcam presença nos pratos.
A vantagem destas frutas é a riqueza em polifenóis, o que as torna poderosas antioxidantes que evitam o envelhecimento precoce da pele e a ação de radicais livres no organismo – desta forma, diminuem o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer.
Mastigar bem os alimentos, como os japoneses
Nada de colocar a comida na boca, dar uma ou duas mastigadinhas e logo engolir. O melhor é fazer como os japoneses, que mastigam bastante e lentamente cada porção de alimento que levam à boca. Quanto mais tempo durar esse processo, melhor é a liberação e a absorção de nutrientes pelo organismo.
Usar temperos em vez de sal, como os indianos
A Índia é historicamente conhecida por ser origem de muitos dos temperos que o mundo usa até hoje. Não à toa, por lá se usa muito mais curry, açafrão e pimenta para incrementar as receitas do que o sal puro, como costumamos fazer por aqui.
Os indianos estão certinhos: a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a ingestão de no máximo 5 gramas de sal por dia – incluindo o que vem em produtos industrializados –, a fim de diminuir o risco de desenvolvimento de hipertensão, AVC e doenças nos rins. Não precisa nem fazer muitas contas para perceber que, por hábito, comemos bem mais que o indicado, né? Sejamos mais como eles, pelo bem de nossa saúde.
Descansar após o almoço, como os espanhóis
A famosa “siesta” dos espanhóis faz um bem imenso à saúde. Para quem não sabe do que se trata: é um descanso de aproximadamente meia hora depois do almoço, todos os dias; por lá, os estabelecimentos comerciais são fechados na hora do almoço para respeitar esse intervalo.
Embora isso seja um hábito em boa parte do Rio Grande do Sul, no restante do Brasil não há nem sombra desse tipo de costume, seria uma boa adotá-lo: o repouso permite que o organismo concentre a circulação sanguínea na digestão, evitando gases e refluxos.
Fontes consultadas: Mario Kehdi Carra (endocrinologista) e Susana Kochmann (nutricionista clínica)