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Só 4 mulheres foram eleitas para o Senado e 2 como governadoras

Damares Alves, Tereza Cristina, Teresa Leitão e Professora Dorinha se elegeram. Só Rio Grande do Norte e Pernambuco serão governados por mulheres

Por Joana Oliveira
3 out 2022, 11h34
Ex-ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, e senadora eleita, Damares Alves.
Ex-ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, e senadora eleita, Damares Alves. (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Na disputa pelo Senado, apenas quatro mulheres foram eleitas neste domingo, número inferior ao de 2018, quando sete candidatas se elegeram. Este ano, Damares Alves, ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro, obteve 44,98% dos votos pelo Distrito Federal. No Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP), que comandou o Ministério da Agricultura, teve 60,85% dos votos e também vai ocupar uma cadeira no Senado. No Tocantins, a professora Dorinha (União Brasil) foi eleita com 50,42%.  Já o PT conseguiu eleger Teresa Leitão, com 46,12% votos. Elas deverão governar por oito anos.

Neste ano, 27 vagas estavam em disputa, enquanto 54 nomes foram escolhidos em 2018. Proporcionalmente, cerca de 12,9% dos senadores eleitos há quatro anos eram mulheres, contra 14,81% em 2022. Neste momento, existem 14 mulheres no Senado, mas quatro delas terminarão o mandato em dezembro: Mailza Gomes (PP-AC), Maria do Carmo Alves (PP-SE), Nilda Gondim (MDB-PB) e Simone Tebet (MDB-MS).

Tebet concorreu à presidência, mas ficou em terceiro lugar, fora da disputa pelo segundo turno (que será entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, no dia 30 de outubro), com 4,16% dos votos.

Governos estaduais

Já nas eleições para os governos estaduais, 38 mulheres concorreram ao cargo de governadora e 94 ao cargo de vice-governadora, mas apenas Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte, saiu vencedora no primeiro turno. Ela se reelegeu com 58,31% dos votos. Em Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) disputarão o segundo turno. 

Nesse cenário, o número de governadoras e 2023 será menor do que o atual, quando três mulheres administram os estados do Piauí (Regina Sousa, do PT), Ceará (Izolda Cela, sem partido) e Rio Grande do Norte. Regina e Izolda, no entanto, foram eleitas como vice-governadoras e assumiram o Executivo estadual ao longo do mandato.

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Com esses resultados, mais uma vez a representação feminina na política fica muito aquém da composição social brasileira: as mulheres são 53% do eleitorado no país, mais de 82 milhões de votantes, mas ainda ocupam pouco mais de 15% nos assentos parlamentares do Congresso Nacional.

 

 

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