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Candidata da oposição na Bielorrússia pede libertação de colega presa

Svetlana Tikhanovskaya considera a prisão de Maria Kolésnikova uma demonstração de "fraqueza e medo" do presidente do país

Por Da Redação
Atualizado em 8 set 2020, 11h24 - Publicado em 8 set 2020, 11h17
Maria Kolesnikova, figura importante da oposição bielorrussa, foi detida na segunda-feira (7), na fronteira com a Ucrânia. Foto: (Sergei Bobylev/TASS/Getty Images)
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Svetlana Tikhanovskaya, líder da oposição ao regime de Alexander Lukashenko, na Bielorrússia, pediu a libertação imediata de sua colaboradora Maria Kolésnikova, nesta terça-feira (8). A colega, que também é figura importante da oposição bielorrussa, foi detida na segunda-feira (7), na fronteira com a Ucrânia.

Segundo testemunhas, Maria foi levada por homens não identificados em um carro. Nesta terça, o porta-voz da Guarda das Fronteiras, Anton Bytchkovski, afirmou à AFP que a opositora foi detida quando tentava atravessar a fronteira da Ucrânia com outros dois integrantes do Conselho de Coordenação, Anton Rodenkov e Ivan Kravtsov. O grupo político foi criado para preparar o caminho para uma transição política no país, que é governado por Lukashenko desde 1994 e teve sua 6ª reeleição contestada.

Por meio de sua assessoria de imprensa em um canal do aplicativo Telegram, Svetlana afirmou que “Maria Kolésnikova deve ser libertada imediatamente, assim como todos os membros do Conselho de Coordenação e presos políticos anteriormente detidos”. Além disso, ela ainda declarou que “[o presidente] não pode manter pessoas como reféns. Ao sequestrar pessoas em plena luz do dia, Lukashenko mostra sua fraqueza e medo.”

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Virónika Tsepkalo, Svetlana Tikhanovskaya e Maria Kolesnikova formaram uma aliança contra o autoritarismo de Lukashenko. Foto: (Natalia Fedosenko/Getty Images)

Maria foi uma das poucas integrantes da oposição que permaneceram no país. Svetlana está em exílio na Lituânia, por exemplo. Outros nomes importantes da oposição também buscaram refúgio no exterior, pois temem serem presos. Olga Kovalkova, integrante do Conselho de Coordenação, viajou à Polônia depois de receber ameaçadas do serviço de inteligência de Belarus. Verónika Tsepkalo, diretora de campanha do marido, Valeri Tsepkalo, juntou-se a ele e se exilou.

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Belarus vive onda de protestos que contestam a 6ª reeleição de Lukashenko, que aconteceu no dia 9 de agosto. Desde o início das manifestações, há cerca de quatro semanas, mais de 7 mil pessoas foram presas. No último domingo (6), 633 pessoas foram detidas “por infringir a lei” durante protestos. Na segunda (7), 363 pessoas continuavam detidas e aguardavam a análise de seus casos pelos tribunais.

A oposição acusa do governo de fraudar o resultado da votação. Os países europeus também não reconheceram os resultados das eleições e preparam sanções contra importantes autoridades biolorrussas. Lukashenko, até o momento, descarta qualquer tipo de diálogo.

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