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Conheça a sequência de tuítes que irá virar série da Globo

O relato de Eduardo Almeida sobre a rivalidade entre sua avó e a vizinha fez tanto sucesso que Miguel Falabella irá co-assinar o roteiro

Por Pamela Malva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 abr 2024, 09h30 - Publicado em 12 set 2018, 14h27

É comum entre os usuários do Twitter contar histórias extremamente pessoais por lá. Geralmente, os relatos passam batido, mas muitos acabam fazendo sucesso entre pessoas que se identificam ou ficam surpreendidas pelos acontecimento. No entanto, o repercussão de uma sequência de tuítes escrita pelo jovem Eduardo Almeida foi além e vai virar série da TV Globo.

Eduardo, em uma sequência de 60 tuítes, contou a história da rivalidade entre sua avó e a vizinha dela, a qual ela apelidou de “Boi” após anos a chamando de “Vaca” – mudança considerada feminista por ela. As duas moram nas mesmas casas desde a infância e nunca se deram bem. Com isso, ao longo dos anos, capricharam na criatividade na hora de provocar uma a outra resultando, de fato, em uma epopeia icônica.

Os tuítes que ele escreveu fizeram tanto sucesso que, na segunda-feira (10), Eduardo contou pelo seu Twitter que a história vai virar uma nova série, com roteiro assinado por ele e Miguel Falabella. Com o título ‘Eu, minha avó e a Boi’, se contar todos os casos relatados por Eduardo, a série tem tudo para ser um sucesso.

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Leia na íntegra a sequência de tuítes, vale a pena! 

“Estou esperando pão de queijo aqui na padaria. Então deixa eu contar o conflito que já ultrapassa 50 anos entre minha vó e a vizinha dela, a Boi.

(Boi é o apelido da vizinha dado por minha avó. Até lá, pelo meio dos anos 90, minha avó chamava a vizinha de A Vaca, mas lá por 1996 minha vó decidiu que isso era muito machista e que tudo tinha limites. E ai A Vaca foi renomeada para A Boi).

Minha avó conhece a Boi desde pequena, as duas moram nas mesmas casas desde crianças. São vizinhas há, pelo menos, 60 anos.

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Antes de casar com meu avô, minha avó teve 2 namorados. Eram épocas mais simples. A Boi roubou os dois namorados, segundo minha avó.

Anos depois A Boi casou com o segundo namorado roubado num casamento feito NA RUA DE CASA, NA FRENTE DA CASA DA MINHA AVÓ.

Quando eu era criança, minha avó pagava moleques do bairro pra passar dias inteiros tocando a campainha da Boi. Várias vezes por hora.

Minha avó usava uns aparelhos de inalação pra respirar melhor. Toda vez que A Boi escutava o som característico do aparelho funcionando, ela ia na frente da casa da minha avó e desligava o disjuntor de energia pra cortar a energia da casa e o inalador parar de funcionar.

E o ódio que a minha avó e A Boi compartilham uma pela outra é, de longe, o sentimento mais forte, intenso e dedicado que eu já vi na vida.

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Minha avó tem certeza plena e total que a Boi MATOU pelo menos CINCO cachorros de estimação da minha avó ao longo do anos, e que ela também é responsável pelo desaparecimento de outros dois (mais a seguir).

Um cachorro da minha avó sumiu uma vez. Meses depois um conhecido dela foi em um sítio que a família da Boi tinha e viu o cachorro lá.

Desde que eu me lembro, as galinhas que A Boi sempre cria volta e meia aparecem mortas em circunstâncias inexplicáveis e misteriosas.

Ela não admite mas eu SEI que minha avó tem participação nessa selvageria.

Dava polícia tantas vezes na rua da casa da minha avó, devido a brigas dela com A Boi, que eu conhecia vários policiais pelo nome.

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Hoje quase não dá polícia mais porque elas ligam e, já sabendo da situação, a polícia simplesmente não aparece mais. Eles desistiram.

Uma vez, quando a Boi viajou, minha avó PULOU O MURO e envenenou todas as plantas do quintal da Boi com soda cáustica e querosene.

Todas as plantas. Até a última roseira, até a última samambaia. Até. O. Último. Pé. De. Boldo.

Em uma reviravolta shakespereana e otimista, meus tios e minha mãe eram, e são até hoje, muito amigos dos filhos da Boi.

Sempre foram vizinhos mais ou menos das mesmas idades. Iam na mesma escola. Claro que viraram amigos a despeito da insanidade das mães.

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Para o desgosto eterno da minha avó, um tio meu até namorou e depois casou com uma das filhas da Boi. Nem a Boi nem minha avó foram no casamento.

Anos atrás, quando minha avó e a Boi já eram idosas, a Boi caiu sozinha em casa, se machucou e ficou gritando pra alguém chamar uma ambulância.

Minha avó ouviu e não só não chamou a ambulância como GRAVOU O GRITOS DE DOR DA BOI PRA OUVIR DEPOIS. ELA TEM ESSA GRAVAÇÃO ATÉ HOJE.

Minha avó é a SAVAGE original, ela é completamente implacável e ela não tem misericórdia nenhuma por seus inimigos.

O que vocês precisam entender sobre a minha avó e a Boi é que elas:

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1- têm muito tempo livre nas mãos

2- têm uma capacidade de FOCO e incrível

3- sempre vão até as últimas consequências

Minha avó já falou inferno contra a Boi para a mulher do dono do comércio da rua e essa mulher convenceu o marido a NÃO VENDER MAIS NADA PRA BOI.

Então, há anos, A Boi simplesmente precisa dar uma volta enorme pra ir em outro mercadinho lá na outra rua pra comprar coisas.

A minha avó é uma velhinha já meio surda, então ela escuta música MUITO ALTO quando tá fazendo as coisas em casa de dia.

Por isso, a Boi juntou dinheiro da aposentadoria e fez o marido instalar um sistema de som daqueles enormes no carro pra tocar música MAIS ALTO.

Antes do estatuto do desarmamento passar, tanto minha avó quanto a Boi tinha armas em casa, que os maridos usavam pra caçar no interior.

Todos nós vivíamos constantemente apavorados que alguma coisa um dia ia ser a gota d’água e elas duas iriam estourar um tiroteio.

Meu avô deixava a espingarda trancada no COFRE por causa disso e ninguém sabia a combinação além dele.

Eventualmente ele acabou se desfazendo da espingarda porque minha avó ficada inventando desculpa pra pedir a combinação do cofre da casa.

As chance dela, na verdade, querer chegar na arma eram estarrecedoramente altas, e balear inimizades é total algo que ela faria.

Minha avó did not come to play (não veio para brincar). Eu amo demais essa mulher honestamente, ela me inspira diariamente.

Acho que a lição que eu tiro disso é que criatividade se apresenta das formas mais inesperadas e que determinação nem sempre dá bons frutos.

Pelo menos uma vez por semana eu ou a mamãe ligamos pra ela pra saber dos desenvolvimentos e inacreditavelmente sempre tem novos episódios.

Seria de se imaginar que, depois de mais de 50 anos de conflito, tudo que poderia acontecer já aconteceu né. Mas as surpresas não param.

É meio que piada entre a gente dá família ligar pra ela e escutar, a primeira coisa que ela sempre fala, “VOCÊS NÃO SABEM A ÚLTIMA DA BOI”.

E é uma desculpa pra gente sempre estar em contato com a velha, ela adora o interesse e a atenção e a gente adora ela.

Isso porque eu não contei dos casos da vovó e da boi envolvendo:

– macumba

– roubo de correspondência

– as múltiplas tentativas de atropelamento

Ok pediram mais. Então aqui uma última coisa antes de eu matar essa história e enterrar ela na floresta.

O conflito da minha avó com a Boi não consiste só de agressão física e moral. Terrorismo psicológico também é frequente.

Por exemplo, a Boi acredita em macumba. Minha avó não acredita em nada além de tormento e destruição. E no Silvio Santos. Ela acredita no Silvio santos.

Então claro que a minha avó tá sempre fazendo despacho de macumba fake e colocando no quintal e na frente da casa da Boi pra enlouquecer ela.

Minha vó já me fez procurar foto de trabalho e despacho no google images e imprimir pra ela poder reproduzir. Ou seja, minhas mãos tão sujas também.

A boi encontra bacia com farofa e galinha no portão de casa, saquinho de pano com ervas pendurados nas árvores do quintal e etc.

Uma vez, a Boi achou um saco de veludo EMBAIXO DA CAMA DELA com ervas e um papel com o nome dela riscado que ela é convicta q foi escrito com sangue.

(eu não sei se acredito que não foi realmente escrito com sangue. Honestamente, não sei mais no que acreditar a esse ponto)

Essa foi a 1ª vez de muitas que a Boi chamou benzedor pra benzer a casa. Ele cobrou 300 reais. Não foram feitas perguntas a respeito.

Recentemente, a esposa do meu tio, filha da boi, fez ele confessar que a vovó fez ele entrar na casa e colocar o artefato de macumba lá.

Eu acho que outra lição tirada disso é que fazer um inimigo de uma pessoa criativa e com muito tempo livre é uma ideia muito equivocada.

E, como se essa sequência não fosse o suficiente, Eduardo ainda conta mais episódios:

Minha avó chegou do interior de manhã, eu fui lá arrumar a TV dela e encontrei ela sentada numa cadeira no portão (leia o resto dessa história aqui)

Bom acabo de saber que a minha vó vai colocar câmera no quintal da casa porque ela tá convencia que a Boi anda sumindo com roupa dela do varal (leia o resto dessa história aqui)

Fui informado de quem meus tios conduziram uma investigação e descobriram que a responsável pelo desaparecimento das roupas da minha avó era (leia o resto dessa história aqui)

A guerra secundária da minha avó com a boi pra ganhar a preferência do filho do meu tio com a filha da boi está escalando muito rápido (leia o resto dessa história aqui)

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