Secretária é assassinada por policial dentro da Câmara de Contagem, em MG
Segundo testemunhas, os dois tiveram um relacionamento amoroso no passado. No estado, 86,68% das mortes violentas de mulheres são consideradas feminicídio
A secretária Ludmila Leandro Braga foi morta a tiros na manhã desta quarta-feira (16) dentro do gabinete do vereador Jerson Braga Maia Câmara Municipal de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, informa o jornal Estado de Minas. Segundo a Polícia Militar, o autor dos disparos é Cláudio Roberto Weichert de Passos, escrivão da Polícia Civil lotado na Delegacia de Plantão de Betim, cidade vizinha.
De acordo com testemunhas, os dois tiveram um relacionamento amoroso – o que pode ter sido a motivação para o crime. Cláudio entrou pela porta principal da Câmera, se identificou e, como não havia detector de metal no local, conseguiu entrar no prédio com a arma. O jornal reportou que, segundo a assessoria de imprensa da Câmera, Ludmila foi assassinada com cinco tiros enquanto trabalhava. O homem atirou na própria cabeça em seguida.
“Todas as providências para garantir a segurança aos vereadores, funcionários e pessoas que passam pela câmara estão sendo tomadas. Nós temos o circuito interno de segurança, as roletas e os detectores estão em fase final de instalação”, explicou o presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Contagem, vereador Leo Motta.
Em Minas Gerais, 86,68% das 458 mortes violentas de mulheres são consideradas feminicídio, segundo relatório da Secretaria da Segurança Pública com dados de 2016. Foi a primeira vez que a secretaria divulgou uma estatística separada para feminicídio. A Lei do Feminicídio entrou em vigor em março de 2015. O feminicídio se configura quando há morte intencional de pessoa do sexo feminino pelo fato de se tratar de uma mulher que age sem corresponder às expectativas de alguém.