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Quem era Juliana Marins, brasileira que morreu em trilha de vulcão na Indonésia

Jovem brasileira desaparecida no Monte Rinjani, na Indonésia, foi encontrada sem vida após dias de buscas em terreno de difícil acesso

Por Gabriela Nassif
Atualizado em 24 jun 2025, 15h04 - Publicado em 24 jun 2025, 13h23
Juliana Marins foi encontrada sem vida na Indonésia
Após quase quatro dias, brasileira foi encontrada sem vida em trilha na Indonésia.  (Instagram/Reprodução)
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A família de Juliana Marins confirmou o trágico desfecho: a jovem foi encontrada sem vida na trilha onde estava presa na Indonésia. No último sábado, dia 21, Juliana havia caído em um penhasco enquanto fazia a trilha rumo ao pico do Monte Rinjani, no país asiático. A operação de resgate durou quatro dias e foi severamente dificultada pelas condições meteorológicas adversas na região, conforme informações do Itamaraty.

A nota de falecimento foi publicada em um perfil no Instagram criado para divulgar informações acerca da operação.

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“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, divulgou o comunicado oficial. 

Quem era a jovem?

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana Marins tinha 26 anos e compartilhava nas redes sociais uma vida leve, de bom humor e com muitas viagens. Publicitária pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acumulou experiências em cinema, marketing e produção de conteúdo digital, e já trabalhou em veículos como Globo, TETO e Rio2C.

Realizando um mochilão desde fevereiro, a jovem já havia passado pelo Vietnã, Filipinas, Tailândia e, por último, Indonésia. Aspirante de yoga aéreo e adepta ao pole dance, compartilhava performances no Instagram e já participou de competições pelo esporte.

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O esforço de sua família para resgatá-la e declarações que Juliana fez a seus familiares comoveram a internet. “Hoje liguei pra eles chorando de saudade. Terminei a ligação com um sorrisão no rosto, rindo das bobeiras dos meus pais, e com uma paz no coração por ter vindo ao mundo nessa família. Ah, e claro que minha irmã teve que sair no início da conversa porque ela tinha que entrar numa reunião”, escreveu em uma postagem feita no dia 27 de maio. 

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O que aconteceu?

A jovem aguardava por resgate há quatro dias, quando caiu de um penhasco na área de Cemara Nunggal, na trilha em direção ao cume do Monte Rinjani, um percurso que desafia até os socorristas mais experientes.

De acordo com a família, Juliana e outros turistas eram conduzidos por um guia local, quando a jovem teria reclamado de cansaço e parado. O guia teria seguido viagem, deixando a jovem para trás, que acabou caindo em um penhasco a 500 metros de profundidade. Em entrevista ao GLOBO, o guia afirma que não abandonou Juliana, mas que o combinado era encontrá-la poucos metros à frente. 

A vítima foi encontrada por um drone do Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, presa a um paredão rochoso a cerca de 500 metros de profundidade. Segundo o perfil oficial do parque, ela não apresentava sinais de movimento quando foi localizada às 6h30 de segunda-feira (23), horário da Indonésia, o que correspondia às 17h30 de domingo (22) no Brasil.

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Parque Monte Rinjani, na Indonésia.
Parque Monte Rinjani, na Indonésia. (Trip Advisor/Reprodução)

Por que o resgate demorou tanto?

De acordo com as autoridades locais, é possível que os movimentos do corpo de Juliana tenham feito a jovem atingir profundidades ainda mais complexas, dificultando a localização precisa da vítima. A região, além de íngreme, possui terrenos complexos e condições climáticas que mudam constantemente, o que inclui o surgimento frequente de neblina espessa.

O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e uma das trilhas mais desafiadoras do país. Tais condições reduziram a visibilidade no local e aumentaram o risco da operação, interrompendo o resgate mais de uma vez. Uma furadeira de grande porte chegou a ser levada ao local para abrir passagem em trechos inacessíveis da encosta — parte de um “plano B” da operação.

Segundo a administração do Parque Nacional Gunung Rinjani, uma reunião de avaliação foi realizada por Zoom com o governador da província de Sonda Ocidental. Na ocasião, o governador defendeu a aceleração das operações de evacuação, sugerindo o uso de helicópteros durante o chamado “Tempo Dourado” — as 72 horas consideradas cruciais para resgates em áreas naturais. No entanto, o uso das aeronaves dependerá das condições climáticas e da visibilidade.

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Juliana resgatada sem vida

Nesta terça-feira (24), o Parque Nacional de Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, suspendeu temporariamente o acesso de turistas às trilhas do Monte Rinjani para concentrar todos os esforços no resgate da brasileira. A operação mobilizou seis equipes de resgate e dois helicópteros prontos para a decolagem. 

De acordo com informações divulgadas pela família, após quase quatro dias sem comida, água e com pouco agasalho, a equipe de resgate conseguiu chegar até a localização da jovem, a encontrando sem vida.

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Família presa no aeroporto

Manoel Marins Filho, pai de Juliana, relatou que a família enfrentou dificuldades a caminho da Indonésia. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele disse que ficou parado no aeroporto de Lisboa, em Portugal, após o espaço aéreo de Doha, no Catar, onde o voo faria conexão, ter sido fechado. Nesta segunda-feira (23), o Irã atacou uma base militar dos Estados Unidos no Catar e no Iraque, paralisando atividades aéreas na região. Apesar das condições adversas, a família expressava a esperança de encontrar a jovem com vida.

Juliana Marins foi encontrada sem vida nesta terça-feira (24)
Foto postada pelo pai de Juliana Marins nas redes sociais. (Manoel Marins Filho/Instagram)

Acidentes nos últimos 5 anos

Entre dezembro de 2021 e maio deste ano, oito mortes e 180 acidentes foram registrados no Monte Rinjani, segundo informações divulgadas pelo governo da Indonésia.

De 2023 a 2024, o número de tragédias quase dobrou. Do total de acidentados, 44 eram turistas estrangeiros e 136 turistas locais.

Entre dezembro de 2021 e o último mês de maio, pelo menos outras cinco mortes foram registradas na região, incluindo a de escaladores portugueses, malaios e indonésios.

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