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Policial militar que agrediu mulher grávida de cinco meses é afastado

Segundo boletim de ocorrência, ela teria intervido em uma abordagem por tráfico de drogas; João Dória (PSDB) se posicionou sobre o caso nas redes sociais.

Por Da Redação
Atualizado em 5 fev 2020, 12h09 - Publicado em 5 fev 2020, 12h04
Policial militar agride mulher grávida
Vídeo mostra o momento em que o policial agride mulher grávida, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. (Redes sociais/Reprodução)
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Um policial militar foi flagrado agredindo uma grávida de cinco meses na última terça-feira (4), no bairro Santo Antônio, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Segundo o boletim de ocorrência, registrado pelos PMs, a mulher, de 23 anos, foi rendida após intervir em uma abordagem que flagrou um adolescente com porte de maconha. As informações são do G1.

Um vídeo do momento está circulando nas redes sociais e mostra o policial rendendo a mulher, deitada no chão, pressionando a barriga dela com um dos joelhos e desferindo tapas em seu rosto. Os moradores da região que presenciam a cena pedem para o policial parar as agressões, avisando que ela está grávida. Em seguida, ele declara a prisão dela. Após ser detida, a vítima foi levada ao hospital e os dois policiais envolvidos no caso foram afastados para a investigação do caso, de acordo com a PM.

Veja o vídeo abaixo:

Entenda o caso

No boletim de ocorrência, os policiais envolvidos no caso alegaram que faziam patrulhamento de rotina pela região quando avistaram um adolescente com porte de maconha. Enquanto a abordagem era feita, a mulher grávida teria os ofendido com xingamentos, motivo pelo qual eles decidiram rendê-la.

A necessidade do uso de força para jogá-la ao solo e imobilizá-la, segundo os policiais, teria sido porque a mulher teria agredido um deles. Após ser algemada, a vítima disse que estava grávida de 22 semanas e, por isso, foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, posteriormente, ao Hospital da Criança e da Maternidade (HCM), onde fez alguns exames.

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O caso foi registrado como desacato e resistência. Em nota divulgada à imprensa, a PM confirmou que a equipe foi acionada para atender ocorrência de tráfico de entorpecentes e que houve resistência e desobediência. O Comando do 17º Batalhão também informou que já foram tomadas providências e que os fatos serão devidamente apurados.

João Doria se posiciona sobre o caso

Nas redes sociais, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que recomendou o imediato afastamento do policial militar flagrado. “Apesar dela ter resistido a prisão por tráfico de drogas, existe protoloco a ser cumprido e as imagens indicam conduta totalmente inadequada do policial”, escreveu ele. Em outra publicação, ele se corrige, afirmando que a mulher, na verdade, estava apenas “envolvida em uma ocorrência de tráfico de drogas e resistiu à prisão”.

O governador ainda ressaltou que respeita a Polícia Militar do Estado de São Paulo, mas que não deixará de “condenar excessos e violência desnecessária.”

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