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Para elevar a autoestima de mulheres com câncer, projeto as presenteia com lindos lenços

Sentir-se bem consigo mesma é essencial durante o tratamento. Instituto já doou mais de 10 mil lenços em três anos.

Por Aline Takashima (colaboradora)
Atualizado em 12 abr 2024, 16h25 - Publicado em 29 set 2016, 11h09

Em outubro de 2012, a modelo Flávia Flores, 39 anos, foi diagnosticada com um tipo agressivo de câncer de mama, o carcinoma ductal invasivo HER2 positivo. Recebeu o prognóstico de um cirurgião plástico, responsável por trocar a sua prótese de silicone. “Você precisa retirar o seio direito e irá ficar, no mínimo, dois anos sem o peito. Depois eu coloco um silicone em você”, sentenciou o médico de maneira ríspida. Flávia descobriu a doença em estágio avançado. Durante uma semana, só tinha forças para chorar e sentir pena de si mesma. Então, decidiu se consultar com outro especialista, uma mastologista. Não retirou um seio, e sim os dois, mas realizou a reconstrução da mama na mesma cirurgia – os mamilos, os bicos e auréolas foram preservados. 

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Para que menos mulheres sofram ao descobrir a doença tardiamente, Eliana Abdelhay, coordenadora e criadora da Divisão de Laboratórios do Centro de Transplantes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e finalista do Prêmio CLAUDIA, na categoria Ciências, desenvolve um método de diagnóstico de câncer mais ágil e menos invasivo, através de amostras de sangue. A cientista tem esperança de que, em até três anos, o exame esteja disponível para todas as mulheres do Brasil. “Nos dias de hoje o câncer é detectado muito tardiamente quando há sintomas ou sinais dos tumores. Essa identificação tardia faz com que a efetividade dos tratamentos seja reduzida e a qualidade de vida do paciente sacrificada”, explica. 

Conheça a trajetória de Eliana Abdelhay, finalista do Prêmio CLAUDIA, na categoria Ciências.

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Somente esse ano, o Ministério Público estima que 57.960 mulheres no país irão receber o diagnóstico de câncer de mama. É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, de acordo com o Inca. Flávia entrou para as estatísticas. Mas amenizou o sofrimento com a ajuda de pincéis, maquiagens, um conjunto de perucas e inúmeros lenços. “Apesar dos efeitos colaterais, tinha certeza que ao me reconhecer no espelho teria um tratamento mais tranquilo.” O passo seguinte foi criar uma página na internet, a “Quimioterapia e Beleza”. O site incentiva outras “cats”, como ela chama suas seguidoras, que receberam o mesmo diagnóstico. “Eu consegui chegar em milhares de mulheres que passam pelo mesmo tratamento que eu. Aprendi muito com elas, todas são modelos da página”, revela bem-humorada. A blogueira fala abertamente sobre diversos assuntos, como comportamento, dicas de maquiagem e sexualidade. 

Leia também: Câncer de mama: dicas de prevenção

No começo de 2013, o processo de queda de cabelo havia passado e os primeiros fios de Flávia estavam crescendo. Teve a ideia, então, de presentear as suas seguidoras. “Lavei uns 100 lenços que possuía e estendi em um varal grande na casa da minha avó. Eu vi todos aqueles panos tão leves que me deram tanta sorte. Pensei em dividir aqueles pedacinhos de esperança com as minhas cats.” A cada visita, Flávia deixava um lenço. O gesto ganhou apoio de uma rede de oncologia, em Brasília. Hoje, o projeto batizado de Banco de Lenços Flávia Flores é um dos braços do Instituto Quimioterapia e Beleza – a página na internet cresceu e conta com uma equipe de voluntárias.

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Em três anos, o grupo já doou mais de 10 mil lenços. Em média são entregues 100 materiais por semana. “A gente presenteia o lenço de acordo com a personalidade da pessoa. Se ela é perua, discreta, qual a cor do olho, se prefere estampa… Todos são entregues cheirosos e lindos, pois temos uma parceria com uma lavanderia. Entregamos em uma caixinha maravilhosa!”, ressalta Flávia. 

Leia também: 10 dúvidas sobre os exames que detectam o câncer de mama

Elevar a autoestima e sentir-se bem consigo mesma é essencial durante o tratamento, conforme explica a hematologista, Regina Fumanti Chamon, do Centro de Hematologia de São Paulo. A médica esclarece que as mulheres que passam por um procedimento cirúrgico por conta de um câncer de mama, colo de útero e útero têm uma dificuldade em lidar com a imagem corporal. “Mas quando a gente trabalha com ações que trabalham a autoestima, as pacientes aderem melhor ao tratamento. Tomam a medicação com regularidade e atravessam o período de quimioterapia com segurança. O número de internações é menor e as predisposições de efeitos colaterais também.” 

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Para doar ou receber um lenço, acesse: Instituto Banco de Lenços Flávia Flores.

Confira a alegria de algumas “cats” que receberam o presente:

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Aprenda três formas diferentes para amarrar os lenços:

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Você também faz parte do júri que irá eleger as vencedoras de cada categoria do Prêmio CLAUDIA. Para votar, aperte o coração ao lado da foto da finalista. Leia as histórias, avalie os trabalho e escolha as suas candidatas.

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