Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Países com mais mulheres no governo têm menos corrupção, diz estudo

Análise publicada no "Journal of Economic Behavior & Organization" avaliou mais de 125 nações, entre elas o Brasil

Por Da Redação
Atualizado em 8 jul 2018, 16h36 - Publicado em 8 jul 2018, 16h27

A corrupção é menor onde mais mulheres participam do governo, concluiu um estudo que analisou mais de 125 países, incluindo o Brasil. Publicada no “Journal of Economic Behavior & Organization” pelos pesquisadores Chandan Jha e Sudipta Sarangi, a avaliação revela ainda que a representação das mulheres na política local também é importante. Na Europa, por exemplo, a probabilidade de suborno é menor nas regiões com maior representação feminina.

“Esta pesquisa ressalta a importância do empoderamento das mulheres, sua presença em cargos de liderança e sua representação no governo”, disse Sarangi, professor de economia e chefe de departamento da Virginia Tech, nos EUA.

No Brasil, a lei em vigor atualmente prevê que pelo menos 30% dos candidatos devem ser do sexo feminino. Em 2016, contudo, as mulheres representaram 86% dos 18,5 mil candidatos que não receberam voto.

Como funciona?

Não se pode afirmar que, geneticamente, as mulheres são menos ou igualmente corruptas que os homens. A conclusão veio através da metodologia de pesquisa, que estabelece a causalidade entre o número de mulheres e a redução das ilicitudes.

O estudo sugere que o fato está associado ao trabalho que desempenham por causas sociais. “Descobrimos que os países onde as mulheres têm status social semelhante ao dos homens – por exemplo, em países mais desenvolvidos, eles ainda reduzem a corrupção e não a aumentam. Portanto, fazemos essa afirmação. É porque buscam políticas diferentes”, conta Sarandi. “Isso porque, mesmo nesses países, mais mulheres na força de trabalho, ou em cargo administrativo ou gerencial, não reduzem a corrupção. Só tem impacto quando estão presentes no parlamento”, explica.

Continua após a publicidade

“Isso pode dever-se ao fato de que mulheres formuladoras de políticas tendem a favorecer aquelas que melhoram coisas como os bens públicos, saúde, educação e bem-estar infantil”, explicou Sarangi, em entrevista ao G1.

Pesquisas anteriores estabeleceram que uma maior presença de mulheres no governo também está associada a melhores resultados de educação e saúde.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de R$ 12,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.