Pai pede ajuda para filha ficar livre de assédios em jogo online
O paulistano só queria ver a filha jogar seu game favorito sem ser desrespeitada por ser menina – e conseguiu
A pequena Iris Reis, de 10 anos, mora em Itapeva, interior de São Paulo, e adora o jogo Overwatch, em que é possível criar equipes e jogar com outros usuários em tempo real via internet.
Porém, frequentemente recebe mensagens a assediando, com pedidos de fotos de seu corpo além de xingamentos. Seu pai Eros Reis resolveu, então, entrar em uma comunidade do jogo no Facebook e convocar crianças da idade de Iris para que ela pudesse jogar sem ser perturbada.
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“Minha filha gosta muito de jogar Overwatch, é uma boa menina educada e gentil, mas é bombardeada por xingamentos e pedidos desrespeitosos. A quantidade de mensagens pedindo fotos e outras coisas é desanimadora“, diz Eros, que pede a participação da comunidade para ajudar a filha. Logo depois, ele recebeu várias mensagens de apoio e voluntários para jogar com Iris.
O pedido fez efeito. “Vocês deixaram o dia de uma garotinha maravilhoso”, escreveu o pai em agradecimento.
Não é raro que crianças – sobretudo meninas – e mulheres sejam alvo de assédio nesse tipo de jogo. É importante que os pais estejam atentos. Ao site Omelete, Eros sugere que o sistema de denúncias do Overwatch seja aprimorado para captar casos como esse.
“Notar os jogadores que atrapalham a comunidade e fazer com que o sistema deles seja suspenso, recebem alertas ou até mesmo banir esses usuários”.
Para evitar ataques, muitas usam apelidos que não identifiquem seu gênero. “Ter que usar um apelido que não mostre que são meninas é realmente triste”, comentou o pai de Iris.
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