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Nova Zelândia dará produtos de higiene na escola para reduzir desigualdade

O governo do país vai investir dois milhões de dólares para evitar que 95 mil garotas deixem de estudar por não terem absorventes e outros produtos

Por Da Redação
Atualizado em 14 jul 2020, 10h41 - Publicado em 5 jun 2020, 14h00
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Arden (Dom Thomas Pool/Getty Images)
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O governo da Nova Zelândia anunciou que vai distribuir absorventes e outros produtos de higiene nas escolas para combater a “pobreza menstrual” no país. O termo se refere à população que não tem condições financeiras de comprar esses produtos. Esse processo gera consequências terríveis, como o abandono escolar ou mortes por infecção já que muitas vezes o absorvente é substituído por pedaços de plástico e papelão.

Estima-se que 95 mil neozelandesas entre 9 e 18 anos sofram com esse problema. O investimento será de dois milhões de dólares e, apesar da implementação do projeto começar ainda este ano, só alcançará todas as escolas do país em 2021. Uma pesquisa da Youth19, instituição ligada ao ministério da saúde e a universidades públicas da Nova Zelândia, calcula que uma em cada 12 garotas perdem aulas por causa da menstruação.

Em um comunicado, a primeira-ministra Jacinda Ardern disse o plano é diminuir pela metade a pobreza infantil no país nos próximos 10 anos e que essa é apenas uma ação dentro de uma grande iniciativa. “Há muito mais a fazer por essas famílias, que foram as mais atingidas pela pandemia da Covid-19. O importante é aumentar o apoio em que ações como essa causam efeito imediato”, afirmou.

O país se junta a outras nações com iniciativas semelhantes, como a Inglaterra e a Escócia. No Brasil, projetos de lei aguardam votação para a distribuição gratuita de itens de higiene nas escolas. O mais recente, da deputada Tabata Amaral (PDT), causou polêmica em março deste ano. A proposta é distribuir itens de higiene inclusive em áreas públicas, não se limitando apenas a jovens. Ela ganhou apoio de muitas mulheres na Câmara dos Deputados e críticas do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Para implementação, estima-se que seria necessário um investimento de 110 milhões de reais.

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