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Por onde andou Negra Li? Cantora revela tudo sobre seu novo trabalho após 7 anos

Com uma carreira consolidada desde 1995, a rapper se reinventa ao lançar um disco carregado de significados

Por Ana Luiza Bezerra
Atualizado em 30 Maio 2025, 16h38 - Publicado em 30 Maio 2025, 15h00
Imagem de Negra Li em um telhado em meio a diversas casas
A cantora relata os diversos processos pessoais e profissionais antes de "dar vida" ao novo álbum (Bruno Sabongi/Divulgação)
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O rap nacional vem conquistando cada vez mais espaço no mainstream, e as vozes femininas, que durante muito tempo precisaram lutar para serem ouvidas, têm ganhado o destaque merecido. Um dos nomes mais importantes nessa trajetória é o de Negra Li, que iniciou sua carreira na década de 1990 e segue se reinventando na música até hoje.

Após sete anos sem lançar um álbum, hoje, 30 de maio, a cantora retorna às plataformas de streaming com O Silêncio Que Grita, projeto que marca a comemoração de seus 30 anos de carreira. Para acompanhar esse retorno, nós de CLAUDIA batemos um papo com a artista para entender melhor esse novo capítulo de sua trajetória.

Experiência e Maturidade

Negra Li afirma viver seu melhor momento. Aos 45 anos, mais experiente e madura, ela apresenta o álbum como um manifesto, dando voz a si mesma e a todos aqueles que ainda não têm espaço para se expressar.

“Estou confiante de que as pessoas vão entender a mensagem desse trabalho, que ele vai tocar de um jeito diferente e emocionar. Quero que enxerguem toda a trajetória da Negra Li, com esse pioneirismo. Sei que não é fácil carregar esse nome – como escrevi lá em Poetisas no Topo. É um peso enorme ser quem eu sou. Mas, ao mesmo tempo, quando você entende seu propósito, encontra paz, compreende seu papel no mundo e passa a fazer as coisas de forma mais leve e serena.”

Imagem de Negra Li vista em pé dentro de um ônibus
(Bruno Sabongi/Divulgação)

A conexão com a religião também foi um divisor de águas nesse processo de reconexão com seu propósito, tanto de vida quanto musical. Junto a terapia, a cantora passou por uma jornada profunda de autodescoberta, o que possibilitou resgatar seu potencial criativo e dar vida ao novo álbum.

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“Eu sofri um episódio de crises de ansiedade, e as redes sociais foram uma das coisas que contribuíram para isso. Então, comecei a terapia e me afastei por 15 dias. Mas foi aí que percebi que o problema não era a rede social, até porque o mundo sempre foi assim. O que a gente precisa é estar preparado, manter firmeza nas ideias e acreditar no que defende, independente das informações e de tudo o que acontece ao redor. Eu cuidei de mim, e isso foi essencial para descobrir várias coisas: meus defeitos, minhas qualidades, meus pensamentos, as pessoas ao meu redor e a palavra de Deus,” afirma.

Ciente da importância de seu nome na cena musical, Negra Li optou por não lançar novos álbuns desde Raízes, em 2018. Queria que seu próximo trabalho representasse fielmente as causas em que acredita.

Para ela, os percalços fizeram parte de uma obra divina para que o disco chegasse ao público no momento certo. De forma simbólica, a produção foi concluída em nove meses – o tempo de uma gestação, um verdadeiro nascimento.

Inspirações e parcerias

Além de suas vivências pessoais, Negra Li reconhece na população negra uma fonte constante de inspiração. As canções do novo álbum prometem ser um manifesto, exaltando a capacidade e a criatividade do povo preto, ao mesmo tempo em que denunciam as violências e desigualdades raciais cotidianas.

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“Acho que tudo o que eu estava vivendo acabou virando inspiração. De poder parar e pensar: ‘Espera aí, olha o que está acontecendo. Olha essas pessoas que trabalham todos os dias, esses casos de estupro. Olha a minha identidade, eu amo ser preta. Olha o que o meu povo fez.’ E, até na questão das religiões, eu percebi que a gente precisa se unir, independente da fé. Não importa no que você acredita, a causa é uma só. Estou falando da gente, do povo preto, da pretitude. E não foi à toa que Black Money foi a primeira música a ser lançada.”

Imagem de Negra Li vista de frente fom uma fita dourada cobrindo sua boca
(Rodrigo Koraicho/Divulgação)

O lançamento também conta com parcerias de peso. Nomes como Gloria Groove, Liniker e Djonga participam do projeto, sendo um dos grandes destaques do álbum.

As cantoras colaboram em faixas que falam de amor e afeto para mulheres pretas, enquanto Djonga participa de uma espécie de continuação do clássico Olha o Menino (2004), agora mostrando o menino como exemplo de um preto que conseguiu romper as estatísticas e alcançar um final feliz.

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Para a rapper, essa nova fase artística é um verdadeiro renascimento. Investindo em si mesma – com aulas de canto, cuidados com a saúde emocional e novos projetos –, ela promete, em breve, um show que traduza toda a intensidade e potência de O Silêncio Que Grita.

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