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Mundo já tem 8 bilhões de pessoas

Crescimento populacional diminuiu, mas a expectativa de vida aumentou em todo o planeta

Por Lorraine Moreira
17 nov 2022, 09h37
Pessoas vivem mais e têm menos filhos.
Pessoas vivem mais e têm menos filhos. Foto: Reprodução/ Agência Brasil (Foto: Reprodução/ Agência Brasil/Agência Brasil)
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O mundo chegou à marca de 8 bilhões de pessoas na última terça-feira (15), segundo a Organização das Nações Unidas. Depois de 11 anos de ultrapassar o último bilhão, a quantidade, agora, cresce em velocidade mais lenta. A tendência é que o ritmo diminua ainda mais e, paralelamente, a população idosa aumente – as pessoas vivem mais e têm menos filhos. Damián, bebê da República Dominicana, foi registrado pela ONU como quem atingiu o número.

O relatório World Population Prospects 2022 indica um aumento da expectativa de vida mundial, que chegou a 72,8 anos em 2019. Para 2050, espera-se que vá para 77,2 anos. A estimativa é que até a metade deste século, a quantidade de pessoas com mais de 65 anos será maior do que o dobro do número de crianças com menos de 5 anos de idade.

O aumento da população idosa acompanhado da redução da quantidade de jovens tem diferentes causas. Uma delas é a diminuição da taxa de fecundidade. A possibilidade de planejamento familiar, a utilização de métodos contraceptivos e a expansão da participação feminina no mercado de trabalho são alguns dos fatores responsáveis pelo menor número de filhos nascidos vivos.

A Nações Unidas informa que a fecundidade média da população mundial era de 5, em 1950. Agora, em 2021, ela foi para 2,3 e, até 2050, acredita-se que vai chegar a 2,1. Isso quer dizer que os habitantes da Terra continuam gerando crianças, mas com uma velocidade muito menor e, pelas projeções, o fenômeno continuará assim. Em 2100, é possível que tenhamos entre 8,9 bilhões e 12,4 bilhões de pessoas.

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Se por um lado é positivo, já que a medicina, a tecnologia e outras ferramentas propiciaram o alcance do número; por outro, existe o problema do consumo, que sobrecarrega o planeta. Outras questões, no entanto, precisam ser analisadas em conjunto: os maiores emissores de gases do efeito estufa, por exemplo, são os países mais ricos, e não necessariamente onde há mais pessoas.

A maior parte da população vive na Ásia, mais especificamente 59,2% delas, seguida da África, com 17,92%, Europa, com 9,3% e América do Sul, 5,5%. O documento da ONU estima ainda que a Índia se tornará o país mais populoso do mundo em 2023; enquanto a China deve ter uma queda na fertilidade.

Os dados poderiam ser diferentes caso a pandemia do coronavírus não tivesse acontecido. Isso porque ela reduziu a expectativa de vida, além de ter afetado a fecundidade. Mas ainda há poucas evidências sobre o segundo fator, de acordo com a ONU.

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