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No Brasil, ser uma mulher negra dobra seu risco de morte

Relatório apontou que uma jovem negra no Brasil corre risco 2,2 vezes maior de ser assassinada do que uma branca

Por Da Redação
11 dez 2017, 13h21
 (Reprodução/ThinkStock)
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No Brasil, as mulheres negras com idade entre 15 e 29 anos têm 2,19 vezes mais chances de serem assassinadas no do que as brancas na mesma faixa etária, de acordo com o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência 2017 (IVJ 2017), divulgado nesta segunda-feira (11).

Os dados são relativos ao ano de 2015 e foi elaborado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pela Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República.

O índice avalia números das mais variadas esferas, como frequência escolar, escolaridade, inserção no mercado de trabalho e taxas de mortalidade por homicídios e por acidentes de trânsito.

+ Leia também: Taxa de homicídio de mulheres cai, mas sobe entre mulheres negras

O Rio Grande do Norte desponta no topo da lista. Lá, as jovens negras morrem 8,11 vezes mais do que as jovens brancas. No Amazonas, o risco relativo é de 6,97.

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Em Alagoas e em Roraima não foi possível comparar as duas taxas por não ter sido registrado nenhum homicídio de mulher branca dentro da faixa etária em questão em 2015. O outro lado não repetiu o zero: morreram 10,7 e 9,5 negras, respectivamente, a cada 100 mil habitantes.

O levantamento conclui que os índices “evidenciam a brutal desigualdade que atinge negros e negras até na hora da morte. […] Essa desigualdade se manifesta ao longo de toda a vida e em diversos indicadores socioeconômicos, em uma combinação perversa de vulnerabilidade social e racismo que os acompanha durante toda a vida. Não à toa, negros e negras ainda sofrem com enormes disparidades salariais no mercado de trabalho: dados recentes divulgados pelo IBGE mostram que negros ganham 59% dos rendimentos de brancos (2016)”, diz o documento.

+ Leia também: Meninas negras são consideradas “menos inocentes”, diz estudo

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