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Mulher alega ter sido demitida de supermercado por ser trans

Charlene Bost, ex-funcionária do Sam's Club dos EUA, era frequentemente chamada de "isso" pelo chefe e vista como "uma anormal" pelos colegas

Por Maria Beatriz Melero Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 dez 2017, 11h40
 (Reprodução/ThinkStock)
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Uma mulher norte-americana alegou ter sido demitida por ser transgênero. O caso aconteceu em março de 2015, mas só veio á tona na última quarta-feira (28) em ação judicial movida por Charlene Bost, 46 anos, na cidade de Kannapolis, na Carolina do Norte (EUA), informa o BuzzFeedNews. Para a mulher, a demissão, ilegal em sua opinião, foi arquitetada após anos de assédio no trabalho.

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Funcionária desde 2004 do supermercado, Charlene foi contratada quando ainda não expressava sua identidade de gênero. A mudança começou quatro anos mais tarde, em 2008. Dois anos depois, em 2010, a ex-funcionária já frequentava o ambiente de trabalho vestindo roupas e acessórios femininos.

Alguns colegas de Charlene chegaram a ser receptivos com a novidade, mas outros responderam de forma agressiva a notícia e passaram a assediá-la moralmente. Insultos e termos pejorativos eram frequentemente direcionados a mulher, que era tratada como “uma anormal” pelos companheiros de trabalho.

Entre os funcionários que praticavam a transfobia estava o chefe de Charlene, que “abertamente se referiu a Sra. Bost como ‘isso’ em conversa como outro funcionário do Sam’s Club”, informa o processo movido pela norte-americana.

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Charlene chegou a reclamar para a administração da empresa sobre o preconceito sofrido por ela, mas seus relatos foram tratado como “reclamações triviais e incidentes isolados” pelo supermercado.

O Walmart, dono da rede Sam’s Club, afirma, em nota enviada ao BuzzFeedNews, que o grupo sempre busca “promover a diversidade e a política de inclusão” e que Charlene não foi demitida por transfobia, mas “por motivos de performance”.

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