Menina de 10 anos morre após ser espancada por colega na saída da escola
Gabriela Ximenes morreu após ser agredida por garota de 9 anos
Gabriele Ximenes, de 10 anos, morreu na última quinta-feira (6) em Campo Grande, (MS). A menina foi espancada por uma outra garota de 9 anos na saída da escola e faleceu sete dias após as agressões, por complicações de uma cirurgia realizada na Santa Casa.
Em depoimento emocionado, o pai de Gabrielly disse que a discussão entre elas começou dentro da escola. “Uma delas disse para minha filha ‘Vou te deixar na cadeira de rodas'”, relatou Carlos Roberto ao G1. A menina chegou a contar ao pai que a briga começou após uma das colegas xingar sua mãe de “prostituta”.
A delegada Fernanda Félix, responsável pelas investigações, contou em entrevista ao portal que o movimento usado pela agressora foram dois golpes com uma mochila cheia de livros. Duas adolescentes de 14 anos teriam incitado vítima a se defender.
“A menina de 9 anos e as adolescentes passaram a tarde na delegacia e foram ouvidas como testemunhas. A mais nova confirma que só ela agrediu com a mochila, sendo que as outras chegaram depois é só perguntavam se a vítima não ia se defender”, afirmou a delegada ao G1.
No depoimento consta que as adolescentes informaram que “não encostaram um dedo sequer” na vítima e também não a conheciam anteriormente. “Elas dizem que nada fizeram, enquanto que a menina de 9 anos falou que as duas começaram a xingar a mãe da outra”, explicou Félix.
No entanto, ainda de acordo com a delegada, a menina foi todos os dias à escola após o ocorrido, com exceção de quinta (6). “A família não havia registrado ocorrência e a informação que temos é que ela não tinha nenhuma lesão aparente. Ela passou por unidades de saúde e hoje é que o médico da Santa Casa optou por fazer uma cirurgia”, afirmou.
Com o diagnóstico de uma artrite séptica, foi realizado um procedimento no lado direito do quadril da menina. “Ela sofreu quatro paradas cardíacas e também foi identificada uma infecção generalizada, hoje pela manhã. Eu acompanhei a necrópsia e a criança sofreu tromboembolismo pulmonar”, relatou a delegada. “Pretendo questionar o diretor se a menina passou mal algumas vezes na escola, em situações anteriores, inclusive chamando o Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência] e encaminhando, possivelmente, ela para alguma unidade de saúde”, completou.
O caso foi registrado como morte a esclarecer, na Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij). A delegada explica que não foi imputado as três envolvidas nenhum ato infracional por conta da idade delas, o que não é penalmente não é possível – nem aos pais.
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