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Médico tem 17 filhos após inseminar o próprio sêmen em pacientes

Não se descarta a possibilidade de que o número de pessoas geradas por inseminações irregulares do médico seja maior

Por Da Redação
7 out 2020, 18h12
Fertilização in vitro
 (abezikus/Getty Images)
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Um médico ginecologista utilizou o próprio esperma em processos de inseminação, durante o período em que trabalhou em uma clínica de fertilidade na Holanda. Acredita-se que, entre os anos de 1981 e 1993, Jan Wildschut foi o progenitor de 17 pessoas. As mães acreditavam que estavam sendo fertilizadas com sêmen de doadores anônimos.

A informação foi revelada nesta quarta-feira (6), pelo hospital Isala de Zwolle, onde fica localizada a clínica em que Wildschut trabalhava. Classificando o ato como “moralmente inaceitável”, a instituição não descarta a possibilidade de que o médico, falecido em 2009, seja progenitor de mais crianças.

Segundo informações do jornal holandês De Stentor, as conexões começaram a ser descobertas quando Luca de Gooijer, uma das filhas geradas por fertilização, procurou o FIOM DNA, um banco de material genético especializado em genealogia. Ela tinha curiosidade em saber sobres suas origens desde que descobrira ser filha de um doador anônimo, e tomou a decisão influenciada por programa de TV local, que apresentava casos semelhantes ao seu.

Uma vez feita a coleta do material genético de Luca e de sua mãe, não demorou muito para que o teste apontasse a existência de uma meia-irmã. Meses depois, surgiram outras três. As mulheres também haviam começado a pesquisar sobre a ascendência delas e foram reunidas pelo FIOM. Logo, 17 pessoas estavam vinculadas ao médico, todas geradas por inseminação irregular.

Ao tomar conhecimento dos fatos, o hospital, a família do médico e os filhos não legítimos decidiram tornar o caso público, com o objetivo de promover mais transparência sobre o processo de doações de esperma.

Contudo, não será aberta uma investigação sobre o ocorrido, pois os eventos ocorreram em uma época em que não existiam leis ou regulamentação sobre os tratamentos de fertilidade, informou a Inspenção Holandesa de Saúde e Juventude.

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Um caso semelhante chocou a Holanda ano passado, quando uma série de exames de DNA apontou que o ex-diretor de um banco de esperma era pai biológico de 49 pessoas.

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