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Médico é preso acusado de filmar partes íntimas de mais de 100 mulheres

De acordo com as investigações, Fábio Lima Duarte posicionava câmeras no consultório

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 11h07 - Publicado em 22 fev 2019, 13h09

O médico Fábio Lima Duarte, de 36 anos, foi preso suspeito de filmar a vagina e os seios de pacientes em Belo Horizonte. A violência acontecia durante exames de ultrassom.

Policiais civis da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente prendeu o homem na casa dele, na região da Pampulha, na última quarta (20).

A suspeita é de que Fábio tenha feito ao menos 105 vítimas, 74 adultas e 31 menores com idades entre 9 e 17 anos. De acordo com as investigações, o médico posicionava uma câmera dentro de seu consultório antes do momento da consulta.

A Polícia Civil apreendeu mais de 30 000 arquivos com imagens pornográficas e exames de ultrassonografia. Os materiais foram descobertos em outubro do ano passado, quando o médico foi preso pela primeira vez por conta da operação Infância Reavida, deflagrada para combater pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes.

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Solto em dezembro, ele respondia ao processo em liberdade. Os materiais apreendidos foram periciados e deflagraram a nova prisão. Entre eles estavam imagens do médico fazendo sexo com adolescentes. Uma delas estava aparentemente desacordada e amarrada. Havia ainda tutorial sobre como fazer sexo com crianças. Duarte deve responder por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.

Médico tinha sistema de organização

Em entrevista, a delegada Renata Ribeiro Fagundes, que conduz as investigações, contou que o médico tinha um sistema para organizar os exames filmados.

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“Nos dispositivos informáticos arrecadados, foram encontradas pastas que continham imagens das pacientes, mantidas em arquivos onde ele intitulava com o primeiro nome acompanhado de termos aviltantes. No caso de pacientes menores, ele ainda colocava as idades”, disse. 

A Polícia tenta identificar as pacientes filmadas e pede que as vítimas procurem a delegacia para denunciar. O médico atendia em Belo Horizonte, Betim e Vespasiano e teve o registro do Conselho Federal de Medicina suspenso por ordem judicial.

Ao UOL, a defesa do médico disse que ele não atua como clínico geral desde a primeira prisão, por determinação da Justiça. Sobre as acusações recentes, o advogado disse que não irá se manifestar para preservar a imagem do cliente e por ainda não existir uma denúncia formal pelo MP. 

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