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Major do Exército viraliza após responder ataque homofóbico de colega

Emerson Cordeiro postou uma foto com o marido e virou assunto em grupos de militares

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h39 - Publicado em 18 mar 2019, 18h40
 (Reprodução/Instagram)
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Emerson Cordeiro, major do Exército Brasileiro em Campo Grande (MS), virou alvo de comentários homofóbicos na internet após publicar em seu Instagram uma foto abraçado com o marido. O casal comemorava 6 anos de relacionamento.

O major relatou, em um texto no Facebook, que postou a foto em sua conta privada porque estava em um momento de muita realização. Segundo ele, um “amigo” do Exército divulgou a imagem em um grupo do WhatsApp e a partir daí a foto viralizou em vários grupos compostos, em sua maioria, por militares. Emerson passou a lidar com comentários homofóbicos de colegas que “jamais imaginavam que um oficial de carreira do Exército pudesse assumir sua homossexualidade”.

Ele conta que casou em 2018 e, no dia da assinatura de papéis, comunicou seus superiores e que todos trataram o assunto com muita naturalidade, diferentemente do recebimento que teve a imagem. Emerson fez questão de rebater os comentários preconceituosos: “Isso foi um soco no estômago dos porcos homofóbicos que nos rodeiam e nos sondam muitas vezes anonimamente, inconformados com a felicidade alheia”, escreveu.

Neste mesmo texto, afirmou que ama o Exército e que a instituição é composta por “pessoas honradas”, mas que os militares ainda não se conformam com a mudança de pensamento atual e os acusa de ter “medo de despertar para seus desejos proibidos.”

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Em post mais recente, feito no domingo (17), Emerson se abre e afirma que não é o único a sofrer ataques homofóbicos, mas que muitos outros oficiais têm medo de trazê-los a público. Cordeiro afirma que está “pagando o preço por ser livre”.

Atualmente, no Brasil, os homossexuais são oficialmente aceitos nas Forças Armas e alguns até têm seus maridos ou esposas reconhecidos como dependentes, mas o combate ao preconceito sofridos nessas instituições ainda é muito pouco discutido.

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