MP e Polícia de Goiás montam força-tarefa para apurar caso João de Deus
Médium é acusado de abusar sexualmente de mulheres enquanto fazia atendimentos espirituais
As denúncias de assédio feitas por mulheres contra o médium João de Deus fez a Polícia Civil de Goiás montar uma força tarefa nesta segunda (10) para investigar o caso. De acordo com André Fernandes, delegado-geral do estado, a polícia já apurava uma denúncia recebida há 45 dias, mas somente no último fim de semana houve outros 25 novos relatos.
O Ministério Público fará o mesmo e deve ouvir todas as mulheres que dizem ter sofrido violência sexual por parte de João de Deus. Segundo o órgão, já existiam denúncias contra o médium desde 2010.
Segundo os relatos, os abusos ocorrem desde a década de 1980. João de Deus chegou a ser julgado pelo crime em 2012, mas foi inocentado por falta de provas.
Ao Fantástico, da TV Globo, a promotora Gabriela Mansur contou que mais de duzentas mulheres a procuraram para relatar casos semelhantes após as primeiras acusações veiculadas no programa Conversa com Bial, exibido na última sexta (7).
Luciano Miranda Meireles, promotor de Justiça de Goiás, diz que é importante que todas as mulheres que se sentiram abusadas pelo médium procurem o MP para denunciá-lo. “Embora os relatos sejam parecidos, não são o mesmo crime, nós temos o crime de estupro, crimes de abuso sexual mediante fraude, e crime de estupro de vulnerável, cada uma com a sua particularidade. Então a gente tem que analisar, a pessoa tem que dar o seu depoimento”, explicou.
João de Deus nega as acusações e “rechaça veementemente qualquer prática imprópria nos atendimentos”.
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