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Intoxicação por metanol em SP: como reconhecer bebidas adulteradas

Especialistas destacam sinais de alerta, prevenção e quando buscar ajuda médica em casos de contaminação

Por Ana Luiza Bezerra
1 out 2025, 11h04
Imagem de diversas garrafas de bebidas alcoolicas em volta de um drink representando as bebidas adulteradas em SP
O número de mortes e internações gerados pela contaminação por metanol não para de crescer no maior estado do país (KamranAydinov/Freepik)
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Nos últimos dias, os casos de intoxicação por metanol em São Paulo ganharam grande repercussão. O Governo do Estado já confirmou 22 ocorrências relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas. Após a reportagem exibida no Fantástico, no último domingo (28), diversos bares foram fechados pela Vigilância Sanitária, mobilizando a mídia nacional e acendendo um alerta de saúde pública.

Para esclarecer os riscos e impactos do consumo de bebidas contaminadas, ouvimos o especialista em farmácia bioquímica Jamar Tejada, que detalhou os principais efeitos do metanol no organismo e os cuidados necessários em situações de suspeita de intoxicação.

Também buscamos a posição da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), que destacou orientações para que o consumidor identifique possíveis sinais de adulteração e evite riscos.

Etanol x Metanol: qual a diferença?

Caipirinha
Reportagem do Fantástico mostrou casos recentes envolvendo o consumo de gin, uísque e vodca, comprados tanto em bares quanto adegas da cidade (kajakiki/Getty Images)

Segundo Tejada, a distinção é essencial para entender os riscos. “O etanol é o álcool presente em cerveja, vinho e destilados, metabolizado pelo corpo sem grandes problemas quando consumido de forma social. Já o metanol não é feito para consumo humano, mas usado na indústria como solvente e combustível”, explica.

O especialista alerta que o perigo da substância está na metabolização do fígado, que o transforma em formaldeído e depois em ácido fórmico: “Esse ácido é o grande vilão: ataca o nervo óptico, podendo levar à cegueira irreversível, e pode causar a acidose [condição médica caracterizada por um excesso de ácido no sangue], que compromete todo o funcionamento dos órgãos”.

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Por que não dá para identificar a olho nu

Diferentemente do que muitos acreditam, não há testes caseiros capazes de indicar se uma bebida foi adulterada. “O metanol não altera gosto, cheiro ou cor. Apenas exames laboratoriais detectam sua presença”, afirma Tejada. 

A ABBD reforça que a única prevenção segura é comprar bebidas de procedência confiável. “Rótulos de baixa qualidade, erros gramaticais, volume irregular dentro da garrafa e preços muito abaixo do normal são sinais claros de risco. O ideal é comprar sempre em estabelecimentos de confiança”, orientam os representantes.

Sintomas de intoxicação: quando procurar ajuda

Os efeitos do metanol não surgem de imediato. O bioquímico detalha que, nas primeiras horas, os sintomas podem parecer com os do álcool comum. Mas entre 12 e 24 horas surgem sinais graves, como dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, respiração acelerada e alterações visuais.

Ele destaca que esses sintomas não devem ser confundidos com os de uma “bebedeira normal”. “Quando surgem, é um alerta de intoxicação grave e é essencial buscar ajuda médica o quanto antes”.

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O que pode, ou não, ser feito

O especialista explica que não há medidas caseiras eficazes para reverter os efeitos da contaminação. Segundo ele, nem água, nem leite, nem café funcionam. “O tratamento envolve medicamentos específicos e, em casos graves, hemodiálise. E isso só existe em hospital. Cada hora de atraso aumenta o risco de sequelas permanentes.”

5 sinais para desconfiar de bebidas adulteradas

  1. Preço muito abaixo do normal;
  2. Rótulo com falhas, erros gramaticais, impressão borrada ou papel de má qualidade;
  3. Volume irregular na garrafa;
  4. Lacre rompido ou mal fechado;
  5. Coloração diferente do padrão original.

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