CLAUDIA indica: as novidades para você ficar de olho em abril
Moda, beleza, cultura e tecnologia, tudo sobre entretenimento para você ficar por dentro
Instagram, Twitter, TikTok, conversas, trocas… Há tanta coisa acontecendo no feed que, às vezes, nos perdemos nas novidades interessantes do entretenimento, da tecnologia, moda e beleza. Por isso, todo mês, a nossa editora-chefe, Paula Jacob, seleciona as coisas quentes para você ficar de olho: desde um livro viciante até aquela marca de jóias criativa que vai fazer qualquer look valer a pena. Confira os destaques de abril a seguir.
MODA
Luxo ancestral
Dando continuidade aos projetos de fomento de diversidade dentro do mercado de luxo, a Farfetch lança o FARFETCH Futures, programa que visa apoiar designers não brancos ao redor do mundo. Os nomes selecionados serão contemplados com suporte de marketing, conteúdo, tecnologia e comercial, para, assim, terem garantido um crescimento das respectivas marcas e uma maior visibilidade dentro do e-commerce e das redes sociais. Para inaugurar o projeto, a estilista britânica Grace Wales Bonner, à frente da Wales Bonner, conhecida por usar política, gênero e sexualidade dentro do seu processo criativo.
“Estou animada e honrada em fazer parte de tudo isso. É muito importante que designers de diferentes origens culturais recebam um espaço de visibilidade como este”, conta ela para CLAUDIA. A coleção Spring Summer 2022 (fotos) é baseada na tradição consagrada de retratos, estilos e tecidos da África Ocidental. “Me inspirei principalmente no trabalho do fotógrafo burkinabe Sanlé Sory e da banda dos anos 1970 Volta Jazz para criar esse hibridismo cultural luxuoso entre África e Japão”, explica. As peças são artesanais em todo o processo, desde a costura até a pigmentação. “Desejo que a moda nos próximos anos seja um caminho de infinitas possibilidades.” farfetch.com/br.
Caminhada verde
Em 1890, nasceu o famoso jeans 501, da Levi’s. Hit de gerações influenciadas pela política, pela música e pelas artes, a peça cruzou décadas e evoluiu em modelagem e cartela de cores. Agora, a nova atualização chega alinhada com o tempo: a 501 Designed for Circularity é a linha mais sustentável da marca, com peças recicláveis feitas de tecido especial Renewcell. levi.com.br
Arte de usar
Vehr
Foi do encontro entre o Rio de Janeiro e São Paulo que nasceu a marca e suas peças esculturais a serem usadas no dia a dia – aquela coisa de fazer o cotidiano algo especial. A nova linha COSMO celebra o trânsito entre mundos, sem perder a veia cosmopolita que pulsa nos brincos, colares e braceletes. vehr.com.br
Gua
Idealizada pela arquiteta Pri Pasquarelli, a joalheria revisita as raízes artísticas do Brasil para jogar luz nos signos culturais tão ricos de nosso país. “Estamos saturados de referências externas, conhecemos pouco sobre a nossa própria história”, conta a também designer de joias. Os brincos Antropofagia e Amorfo (acima) são os hits. gua.design
Paola Vilas
O surrealismo permeia as criações da marca que leva o nome de sua criadora. Fragmentos do corpo compõem os acessórios oníricos, que chegam, agora, na coleção Espiritual material. “As esculturas-rituais carregam símbolos que codificam a expansão do feminino, da sexualidade, do equilíbrio e da imaginação sob uma ótica que transita entre o sublime e o sacana.” paolavilas.com.br
ARTE
Entreaberta
Até o dia 1/8, você poderá conferir a retrospectiva da carreira de Adriana Varejão, na Pinacoteca de São Paulo. Com curadoria de Jochen Volz, Fissuras, suturas, ruínas é a mostra mais abrangente da artista, com a reunião de 60 obras que datam desde 1985 até 2022 – algumas, inclusive, inéditas. Ao chegar no museu, o visitante já encontra cinco pinturas tridimensionais da série Ruínas de charque.
No Octógono, elas formam um labirinto visual de cores e texturas. No mesmo andar, ocupando as paredes de sete salas, você encontrará um caminho cronológico da produção artística de Varejão, desde os primeiros quadros inspirados no Barroco até o famoso Azulejões (2000). No meio do caminho, atente-se especialmente para as criações entre 1992 e 1997, período dedicado a recriar histórias e questionar o passado colonial do Brasil. pinacoteca.org.br.
AMOR & SEXO
Erótico em todo lugar
Anaïs Nin e Georges Bataille eram defensores do erotismo enquanto parte do nosso dia a dia. Expandir as linhas que, normalmente, o resumem ao ato sexual é fazer um convite para naturalizar o erótico na vida. Partindo desse ponto, e de uma ótica feminina do prazer, a Verse se juntou ao projeto de contos eróticos Wet Vivid Dreams para lançar a T-Shirt Corpo (R$ 196). Com os dizeres “Corpo tem memória, te guardei na língua” e um poema sensível estampado nas costas, a peça faz parte das blusas-manifesto que a marca propõe no catálogo. “A camiseta branca é algo comum. Por isso, acho interessante usá-la como tela para equalizar vozes femininas e incluir isso num café, na fila do mercado, numa reunião…”, diz a estilista Maria Eugênia. Em parceria com a Pano Social, a t-shirt é de algodão certificado e orgânico e terá parte do lucro das vendas destinado ao Coletivo Feminista de Sexualidade e Saúde. versetstudio.co
Em casa
Na pegada, surge a Casa Nua, da Nuasis. Com itens que vão desde um jogo americano em linho com desenhos de toys fetichistas (foto acima, R$ 390) e cenas eróticas (R$ 480) até dildos estampados em almofadas (R$ 168), a coleção é um convite para brincar com a sexualidade para além do quarto. “Algumas clientes deixavam expostos como itens de décor os chicotes de couro e produtos de mármore . Daí que surgiu a ideia da linha: traçar uma possibilidade de conversa e maior interação com o nosso prazer, sem vergonha ou tabu. É uma observação natural”, conta a fundadora da sex shop feminista, Laura Magri. nuasis.com.br
CINEMA
De fase nova
Estrela das novelas Beleza Pura e Tempos Modernos, Polliana Aleixo começou cedo na televisão. Aos 11 anos já estava dando o que falar no especial O Segredo da Princesa Lili, da Rede Globo. Hoje, aos 25, ela se prepara para alçar novos voos. Ainda neste ano, estará na segunda temporada de El Presidente, da Amazon Prime Video, e no seriado The Journey.
Você sempre quis ser atriz? Comecei na área publicitária e, aos 11, já fazia novelas. Mas só fui entender a dimensão disso tudo aos 14, quando tive certeza do que queria fazer. É a minha profissão, mas também um lugar divertido, leve e gostoso. Quais atores foram fundamentais na construção da sua identidade criativa? Sempre admirei a Gloria Pires e o Tony Ramos. Acho eles geniais, especialmente quando trabalham juntos. Tive o prazer de conhecê-los, mas ainda quero contracenar com ambos.
Também não tenho palavras para descrever a Marieta Severo. Aliás, sou fã de muitos, inclusive da Zendaya, referência da minha geração. Olhando a sua trajetória até aqui, o que ela te faz sentir? Estou contente, porque fui ficando cada vez mais confortável. Depois de trabalhar na área por 14 anos, consigo ter uma segurança emocional maior. O que sempre busco manter é a minha essência de quando comecei.
E os próximos projetos? Me identifiquei muito com a minha personagem de The Journey. É uma série sobre relações interpessoais e questões do coração. Também vou aparecer num novo filme da Netflix, a ser lançado no Dia dos Namorados, e, claro, em El Presidente. O outro projeto ainda é secreto, mas estou ansiosa para compartilhar as novidades. (KALEL ADOLFO)
Futuro Assombrado
Após décadas interpretando papéis icônicos, Lázaro Ramos estreia como diretor em Medida Provisória, nos cinemas a partir do dia 14 desse mês. Na ficção distópica, adaptada da peça Namíbia, Não!, o governo brasileiro decide obrigar os cidadãos negros a retornarem para a África, afirmando que o ato é uma reparação histórica motivada pela escravidão.
Com grandes atuações de Seu Jorge e Taís Araújo, o longa denuncia a cultura de morte normalizada em nosso país e oferece um indigesto lembrete acerca dos perigos de nos mantermos neutros diante das violências sociais do dia a dia. Tudo isso sem deixar de cativar o espectador com um suspense engenhoso, capaz de unir drama e sarcasmo em doses equilibradas. (KALEL ADOLFO)
LIVRO
Vício
Impossível abrir Os Coadjuvantes, de Clara Drummond (Companhia das Letras, R$ 55), e não querer terminar na hora seguinte. No seu terceiro romance, ela traz Vivian, uma carioca curadora de arte que flerta entre o irônico e o melancólico para contar, em primeira pessoa, as contradições de sua vida enquanto uma mulher contemporânea de classe média alta do Rio de Janeiro. Política, sexualidade e privilégios fazem o pano de fundo muito bem costurado (e sem panfletagem) desta narrativa que é ácida e necessária para uma geração ainda perdida no discurso.
SOCIEDADE
Direito de escolha
Contemplativo e extremamente sensível, Lingui – The Sacred Bonds (disponível no MUBI) acompanha a dinâmica arranhada entre mãe e filha num contexto muçulmano em Djamena, capital do Chade. A mais velha, renegada pela comunidade por ser uma mulher viúva com uma filha; a mais nova, grávida sem querer aos 15 anos, que abandona a escola em busca de ajuda para interromper a gestação.
De forma surpreendente, o diretor Mahamat-Saleh Haroun capta as sutilezas de tal decisão, considerando uma realidade na qual tanto a lei quanto a religião não permitem o aborto. As personagens, então, encontram em uma rede de mulheres o apoio necessário para garantir as respectivas dignidades. Vale prestar atenção também na direção de fotografia de Mathieu Giombini, que enaltece as cores e texturas da cultura local ao passo que traz uma certa contemplação da vida solitária das personagens.
Outro destaque cultural que aborda a mesma temática é O Acontecimento, de Annie Ernaux (Fósforo, R$ 55). Num movimento autobiográfico, a francesa revisita memórias doloridas de seu processo para realizar um aborto clandestino na França da década de 1970 – hoje, ele é legalizado no país até doze semanas de gestação.
Diferente de qualquer coisa que você já tenha lido sobre, a poética da escrita da autora crava marcas potentes no corpo do leitor, que deseja acolher esta jovem mulher e facilmente se revolta com a frieza da classe médica para lidar com o corpo feminino.
BELEZA
Skincare em dia
Depois de sofrer por anos com acne severa, Sarah Bechstein decidiu seguir carreira na dermatologia. Já formada e trabalhando na área, ela sentiu falta de um atendimento personalizado que pudesse dar conta, de fato, das minuciosidades de cada paciente. Ao lado de Florian Semler e Anton Kononov, ela fundou, em 2019, a healthtech FORMEL Skin.
Sucesso na Alemanha pela proposta que também defende uma rede de apoio durante o tratamento, a marca escolheu o Brasil como segundo foco de atuação. Ao me consultar com a dr. Sarah, desenhamos as maiores necessidades da minha pele para que, em laboratório, os produtos fossem manipulados especialmente para mim. Você consegue passar pelo mesmo processo, com dermatologistas brasileiros certificados, acessando o site formelskin.com.br.
TECNOLOGIA
Cores sobre tela
Atenção criativos: o novo iPad Air chegou. Com chip M1, que influencia no desempenho de aplicativos mais exigentes, o produto tem câmera frontal ultra-angular, porta USB-C e 5G. Assim como a versão Air do Macbook, o lançamento é leve, prático e portátil – e, neste caso, comprometido com o meio ambiente: 100% de alumínio, estanho e metais de terras raras reciclados.
Destaque especial para a tela Liquid Retina (de 10, 9 pol), que, atendendo às necessidade atuais, garante uma imagem de altíssima qualidade, seja você um designer, um estilista, um gamer, um produtor de conteúdo – ou todas as anteriores. Magic Keyboard e Apple Pencil são acessórios disponíveis para complementar a experiência de uso. apple.com/br.