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Farah Mohamed: “Coisas maravilhosas podem acontecer quando investimos em pessoas”

Para aumentar a participação das mulheres na força de trabalho e nas decisões econômicas, Farah Mohamed fundou a G(irls)20, plataforma global de empoderamento feminino

Por Luísa Graça (Colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 01h08 - Publicado em 6 mar 2016, 07h00

“É preciso determinação, um pouco de treinamento e um pouco de ousadia”, explica a empreendedora social Farah Mohamed, 45 anos. Aqui, ela não se refere à G(irls)20, organização que fundou há cinco anos, mas a uma escalada no Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, que ela completou em 1997. O alpinismo exige silêncio e calma, o que proporcionou tempo e concentração para avaliar o que queria da vida. Decidiu então visitar seu país natal, Uganda, pela primeira vez desde que sua família fora expulsa pelo ditador Idi Amin, em 1972, quando ela tinha 2 anos.

Visitar um país com um nível alto de pobreza a impactou. De volta ao Canadá, onde a família encontrou refúgio, trocou uma carreira bem-sucedida na política por uma nova empreitada. “Não queremos dizer para as mulheres não ficarem em casa ou não terem filhos. Dizer-lhes o que fazer é o oposto do que almejamos: elas precisam saber que têm escolhas. E possibilidades surgem com a educação e a exposição a coisas que elas desconhecem.”

G(irls)20 é uma plataforma criada para apontar problemas e soluções para o crescimento de comunidades e países por meio de jovens mulheres, levando inovação social e cultivando uma nova geração de líderes femininas pelo empreendedorismo, pela educação e pelas experiências globais. A cada ano, garotas com idade entre 18 e 23 anos dos mesmos países do G20 (grupo formado por ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das maiores economias do mundo) e também de outras regiões são escolhidas para representar suas nações. Cada uma delas passa por um treinamento para identificar suas habilidades e aprender a comunicar-se melhor. Quando volta para casa, pode lançar suas iniciativas com confiança, de acordo com as necessidades locais e com o respaldo do governo. Neste ano, a delegada do Brasil foi a mineira Victoria Oliveira, 22 anos. “Quero ser a voz das garotas”, disse em seu vídeo de inscrição. Para Farah, emprestar poder às jovens evita que velhos estereótipos sejam perpetuados.

O alcance transformador da G(irls)20 vai além das representantes e das comunidades impactadas pelos projetos que elas desenvolvem. Após o encontro do grupo em Istambul, na Turquia, neste ano, as delegadas encaminharam aos líderes do G20 um documento com recomendações sobre a forma de criar 100 milhões de empregos para mulheres até 2025. “Esse projeto me mostrou que coisas maravilhosas podem acontecer quando investimos em pessoas. É um efeito dominó”, comemora Farah.

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