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Exame de DNA confirma troca de bebês que aconteceu há 32 anos

Prima de uma das mulheres desconfiou ao perceber a semelhança entre ela e uma colega de igreja

Por Da Redação
3 abr 2017, 15h37
 (Reprodução/Facebook)
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Duas mulheres foram trocadas há 32 anos logo após nascerem no Hospital Municipal de Quirinópolis, região sul de Goiás. O caso de Keila Martins Borges e Elisângela Vicente Maciel foi esclarecido por meio de exame de DNA.

O parto das duas ocorreu no dia 15 de maio de 1984. Keila, filha da dona de casa Percília Vicente, deixou o hospital nos braços de Maria Martins Pereira, mãe biológica de Elisângela. Já Elisângela foi com Percília.

As primeiras suspeitas surgiram há cerca de dois meses, quando uma prima de Keila viu uma mulher muito parecida fisicamente com ela em uma igreja que frequentava. A mulher em questão se trata de Eliane Maciel, de 38 anos, que também é filha de Percília.

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Para Keila, os exames foram apenas uma confirmação oficial, pois já tinha certeza da troca. “Eu já esperava. Desde o primeiro momento já achei que não precisava de exame. Ficou todo mundo assustado, deu um nó na nossa cabeça, mas fiquei feliz porque já gosto muito da minha nova família. Não quero e nem vou perder minha mãe que me criou, mas também não vou abrir mão da minha mãe de sangue. Quero ter as duas”, disse ao G1.

Percília não sabe ao certo o que sentir. Está dividida entre a tristeza em ser vítima dessa situação e a alegria da descoberta de uma filha. “Já sofri tanto com isso. Só quem passa por isso sabe como é a dor. Por que entre tantos bebês o meu tinha que ser trocado? Isso tudo surgiu como uma bomba. Mas a Keila é uma pessoa que tive um carinho especial desde pela primeira vez que vi. Também a amo. Para mim não tem diferença. Jamais vou rejeitar ou maltratar”, desabafou.

dna
Keila compartilhou o resultado do exame de DNA em sua conta no Facebook (Reprodução/Facebook)

Sem explicações 

Ainda não se sabe em quais circunstâncias a troca de bebês aconteceu. A direção do Hospital Municipal de Quirinópolis não possui os registros dos servidores que atuaram nos partos daquele dia, pois diz ser obrigada por normativa do Conselho Federal de Medicina (CFM) a guardar documentos somente por um período de 20 anos.

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Apesar da data de nascimento, Keila foi registrada em 1985, e Elisângela somente no ano seguinte. Também não há qualquer informação mais detalhada fora aquelas de praxe como nome dos pais e data de nascimento, uma vez que não há digitalização de documentos por lá.

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