Ex-embaixador japonês mata o filho por temer que ele cometesse ataque
“Acredito que meu filho poderia prejudicar outros”, afirmou Hideaki Kumazawa
Hideaki Kumazawa, ex-embaixador japonês, matou seu próprio filho de 44 anos alegando medo de que ele cometesse um ataque em massa. Segundo a investigação, o pai notou no rapaz semelhanças entre o seu comportamento e o do autor de um ataque com faca próximo à estação de trem de Kawasaki, que matou duas pessoas e deixou dezessete feridos, no último dia 28.
Kumazawa, 76 anos, foi preso no sábado (1) por apunhalar seu filho, Eiichiro, na casa onde moravam. O ex-funcionário do Ministério de Agricultura, Pesca e Gestão Florestal e ex-embaixador na República Tcheca explicou, aos investigadores, que agiu movido pelo medo, após saber que o ataque de Kawasaki, ao sul de Tóquio, foi cometido por um homem com tendência ao isolamento social.
“Acredito que meu filho poderia prejudicar outros”, explicou o japonês, segundo fontes da investigação à agência local Kyodo. “Eiichiro tinha tendência a ficar afastado da vida social e mostrava um comportamento violento com os pais, com os quais vivia atualmente”, contaram os investigadores.
Pai e filho tiveram uma discussão horas antes do assassinato porque Eiichiro estava se queixando do barulho de uma competição esportiva organizada em um colégio próximo a sua casa.
A polícia foi acionada pelo próprio Kumazawa depois de ter cometido o crime. A vítima foi encontrada deitada na cama com mais de dez facadas no tórax e no abdômen. No local, também foi encontrado um bilhete supostamente escrito pelo ex-embaixador, no qual ele relatava suas intenções.
Eiichiro viveu sozinho em Tóquio por mais de 10 anos, mas, no final do mês de maio, havia se mudado para a casa dos pais, por iniciativa própria, no bairro de Nerime, no oeste da capital japonesa.
No Japão, ataques em massa são extremamente raros. Os casos conhecidos geralmente são praticados com armas brancas.
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