Escola é processada após menino de 7 anos ser algemado por chorar em sala de aula
História aconteceu nos EUA há dois anos e, desde então, o menino deixou de frequentar escolas regulares. Este ano, o Sindicato Americano de Liberdades Civis entrou com um processo em nome da família.
Há cerca de dois anos, o menino Kaylb Wiley Primm, de 7 anos, chorava em sua classe na escola infantil onde frequentava a segunda série, em Kansas City, no estado norte-americano do Missouri. Um agente de polícia interno da escola o retirou da sala de aula para não incomodar outros alunos, mas o menino continuou a chorar no corredor. O policial, então, o algemou e o levou à secretaria, onde ficou a espera dos pais.
No mês passado, o Sindicato Americano de Liberdades Civis (na sigla em inglês ACLU) entrou com processo em nome da família de Kaylb contra o diretor da escola, o policial e a ao sistema de escolas públicas de Kansas City.
O objetivo é que a família seja compensada pelos danos causados e, principalmente, que a escola treine melhor seus agentes policias. Depois do incidente, Kaylb deixou de frequentar escola regular por dois anos, voltando apenas este ano para outro colégio. Sua mãe, Tomesha Primm, passou a lhe dar aulas particulares em casa, tendo de deixar o emprego para se dedicar à educação da criança.
O processo judicial se baseia em parte no relatório do policial sobre o incidente, em que diz que o menino estava “fora de controle na sala de aula e se recusou a seguir minhas instruções”. Ainda assim, o processo diz que ele não poderia ter tido abordagem agressiva com a criança, que pesava cerca de 20 quilos e tinha apenas 1,20 metro de altura. “Ele sabia que não tinha feito nada errado, mas não sabia se o homem ia levá-lo a prisão”, diz a mãe ao Huffington Post.
Tomesha Primm tem se esforçado para que o que aconteceu com seu filho não se repita com outra criança: “Nenhuma escola deve algemar criancinhas. Alguém precisa tomar a iniciativa e denunciar”. O distrito diz, em comunicado, que “as escolas públicas de Kansas City se esforçam para manter um ambiente seguro, igualitário, que seja acolhedor e carinhoso”.