Escócia é o 1º país a aprovar abordagem da temática LGBT+ nas escolas
A decisão aconteceu depois dos ministros aceitarem as recomendações de um grupo ativista pela Time for Inclusive Education (TIE)
Mais uma vitória importante para o movimento LGBT+ aconteceu na última sexta-feira (3). A Escócia se tornou o primeiro país do mundo a incluir o ensino sobre os diretos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais no currículo escolar. Ministros escoceses já haviam se mostrado favoráveis à pauta em 2018 e agora a medida foi aprovada em última instância. Entra em vigor no ano que vem.
As escolas estaduais terão que ensinar os alunos sobre a trajetória dos movimentos LGBT+ e sua luta por igualdade de direitos, e também vão orientar os alunos sobre homofobia e transfobia. A decisão aconteceu depois dos ministros aceitarem as recomendações de um grupo ativista chamado Time for Inclusive Education (TIE).
Para o co-fundador do TIE, Jordan Daly, o “legado destrutivo” da chamada Seção 28 chegou ao fim. Essa lei de 1988 proibia as autoridades locais do reino unido de “promover a homossexualidade”. “A Escócia já é considerada um dos países mais progressistas da Europa para a igualdade LGBTI. Tenho o prazer de anunciar que seremos o primeiro país do mundo a ter uma educação inclusiva para LGBTI inserida no currículo”, disse o vice-primeiro ministro, John Swinney.
Um estudo da TIE apontou que 9 a cada 10 escoceses que se identificam como LGBT+ já foram alvo de LGBTfobia na escola e 27% relataram alguma tentativa de suicídio após serem vítimas desses atos. O grupo também descobriu, através das pesquisas, que existia pouca compreensão nas escolas sobre preconceito. Com isso, encaminhou uma série de recomendações ao governo para lidar com o problema.
“Esta é uma vitória monumental para a nossa campanha e um marco histórico para o nosso país. A implementação da educação inclusiva LGBTI em todas as escolas do Estado é uma medida pioneira no mundo. Em um momento de incerteza global, isso envia uma mensagem forte e clara aos jovens LGBTI de que eles são valorizados aqui na Escócia”, disse Jordan.