“Ele precisa de tratamento”, diz mãe de agressor do ônibus
A família de Diego Novais, acusado de abuso sexual em coletivo, em SP, conta que ele passou a se comportar dessa forma depois de sofrer acidente de carro
A família do ajudante geral Diego Ferreira de Novais, 27, preso acusado de estupro depois de ejacular em uma passageira em um ônibus, na região central da capital paulista, na terça-feira passada (29) e ter sido detido mais uma vez neste sábado (2) por ato obsceno, disse à Folha de S. Paulo que ele precisa ser internado e passar por tratamento psiquiátrico.
Segundo a mãe de Novais, a dona de casa Iracema de Moraes, 49, o filho passou a agir dessa forma depois de sofrer um acidente de automóvel e ter ferimentos graves na cabeça. “Ele ficou 15 dias em coma no Hospital das Clínicas, passou por duas cirurgias no cérebro. Quando voltou para casa, era outra pessoa. Virou um garoto silencioso e agressivo”, disse ela à Folha.
Até antes do acidente, diz a mãe, Diego era alegre e estudioso, ajudava o pai no trabalho de raspar tacos. Mas ficou com sequelas. “Ele passou por tratamento psiquiátrico e neurológico e fez fisiotetapia até 2010”, diz.
Há ao menos 16 registros contra Novais por crimes sexuais. O primeiro deles é de dezembro de 2009, quando ele baixou as calças e exibiu o pênis à uma mulher em um ônibus. A família, no entanto, teve conhecimento sobre seu comportamento sexual apenas em 2014. “Só soubemos porque a polícia veio dizer que ele tinha sido preso”, afirmou o irmão de Novais, o autônomo Lucas Ferreira de Novais, 21.
A mãe contou que ficou sabendo do último ataque por uma vizinha que ouviu o nome do filho na televisão. “Ligamos na delegacia, mas ele foi solto antes que pudéssemos ir lá buscá-lo”, disse ela. “Estamos com muito medo que aconteça algo com ele, porque a imagem dele está em todo lugar. O pai está atrás dele”, falou Iracema.