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Professora ganha prêmio com projeto de educação sobre problemas sociais

Neste Dia do Professor (15), conheça a história da Patrícia Barreto, educadora que mudou a realidade dos alunos no RN

Por Gabriela Teixeira (colaboradora)
Atualizado em 19 abr 2024, 15h45 - Publicado em 15 out 2019, 19h28
 (Reprodução/Reprodução)
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Uma ativista da educação pública de qualidade para todos. É assim que a professora Patrícia Barreto prefere ser identificada. Não é à toa, portanto, que seu trabalho conquistou, no último dia 30, a premiação #Esseprojetoé10, homenagem que faz parte do Prêmio Educador Nota 10, realizado pela Fundação Victor Civita, em parceria a Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho.

Dando aulas de português para alunos do 3º ano do campus Nova Cruz do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Patrícia criou, no começo deste ano, o Argument(ação): protagonismo juvenil, projeto que objetivava não apenas desenvolver nos estudantes a capacidade crítica de se colocar diante de problemáticas sociais, como também “empoderar as vozes desses estudantes, para que elas se tornem vozes de denúncia de problemas que vivenciam”, conforme ela conta.

Tudo começou com a análise de fotografias feitas pelos próprios estudantes de situações que os incomodavam em suas comunidades. “Enquanto estudávamos as temáticas levantadas pelas fotos, percebi que os alunos faziam posicionamentos baseados em argumentação de senso comum”, explica a professora. “Foi quando decidi trabalhar com diversas estratégias argumentativas para ensiná-los a diversificarem suas opiniões e se tornarem cidadãos mais críticos”, comenta Patrícia.

Ela então criou o jogo Argument(ação), para trabalhar o aprendizado de forma lúdica. Depois, cada estudante produziu um artigo de opinião utilizando o conhecimento estratégico que havia adquirido. O resultado agradou tanto, que era preciso divulgá-lo. Eis que veio a sugestão de uma aluna: por quê não fazer um podcast?

Patrícia nunca havia produzido nada do tipo, era mera consumidora dos conteúdos de áudio. Mas, animada, buscou aprender como a mídia funcionava, fez um curso especializante e, com os alunos, montou o Desxculpa Aí!.

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Para nossa surpresa, o podcast foi acessado por todos os estados brasileiros e países de 4 continentes. Só não chegamos ainda na Oceania. Isso fez com que, de fato, as vozes dos alunos reverberassem em todo o mundo, sem limites. Imagine, jovens do agreste potiguar tendo seus discursos ouvidos e validados por todas as partes do mundo. Isso foi algo que a ferramenta do podcast nos proporcionou”, comemora.

Prêmio Educador Nota 10
(Reprodução/Reprodução)

Ter sua dedicação reconhecida com o prêmio é algo que ela define como uma emoção única e uma injeção de ânimo diante do cenário negativo que tem sido observado na educação. “Ele é muito representativo na área e nos dá bastante energia para que a gente continue trabalhando com esforço e afinco. Mas também nos dá o compromisso de que não devemos parar ali, que devemos dar continuidade a projetos e, especialmente, dividir aqueles que têm resultados tão significativos, para assim inspirar e ser inspirado por outros profissionais”.

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A educadora faz questão de evidenciar o fato de que os 10 vencedores são do ensino público, o que demonstra como, apesar de todos seus desafios, o setor é mais do que capaz de criar produções de relevância. “Esses 10 são exemplos dentro de um universo de qualidades que a escola pública tem. Eu sei que a escola pública pode ser melhor, mas temos inúmeros exemplos que ela pode funcionar de maneira qualitativa e que isso traz resultados transformadores”.

E é por isso que Patrícia pretende dar continuidade ao projeto. Para o podcast, uma segunda temporada está em fase de planejamento, dessa vez voltada para o desenvolvimento da leitura na juventude, na qual os estudantes falarão sobre os livros que marcaram suas vidas.

Quanto a questão das problemáticas, relatórios foram criados para serem entregues às gestões dos 16 municípios onde vivem os alunos do IFRN. “São relatórios que indicam as situações que os alunos evidenciaram. Já consegui contato com algumas das prefeituras para que, além da entrega do relatório, também seja feito um ato de comprometimento público da gestão com relação ao que foi apontado pelos estudantes”, finaliza a professora.

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