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Mulheres são excluídas na CPI da Covid-19 e brigam por participação

A bancada feminina conseguiu um acordo para que uma representante do grupo pudesse fazer pesquisas durante a investigação

Por Da Redação
Atualizado em 5 Maio 2021, 18h48 - Publicado em 5 Maio 2021, 18h27

No dia 27 de abril, as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Covid-19 foram inciadas. A análise de como o governo federal vem conduzindo a pandemia do coronavírus, que já tirou a vida de mais 400 mil pessoas no país, e o uso dos recursos federais enviados aos estados e municípios é conduzida apenas por parlamentares homens. 

Os partidos não indicaram nenhuma senadora para as 18 vagas – de titulares e suplentes – na CPI. A bancada feminina conseguiu, por meio de um acordo na comissão, que uma representante do grupo possa fazer perguntas aos convidados e convocados para a investigação.

As senadoras Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada feminina, Eliziane Gama (Cidadania-MA), Leila Barros (PSB-DF) e Soraya Thronicke (PSL-MS) vão participar das reuniões em esquema de rodízio. Na sessão de 4 de abril, Simone afirmou que “a bancada feminina se faz presente sim nesta comissão mesmo sem direito a assento.”

Uma concessão possibilitou que elas sejam as primeiras a falar após o relator, mudando a ordem e “passando na frente” dos titulares, o que gerou questionamento dos senadores governistas. 

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Em entrevista à rádio Senado, Simone avaliou que a participação das mulheres é decisiva, mas que a falta de um assento não impede o acompanhamento das investigações. “Isso não nos impedirá de colaborarmos na investigação, investigarmos erros e omissões de quem quer que seja, autoridades federais, estaduais, municipais, inclusive, na responsabilização dos envolvidos”, afirmou a líder da bancada feminina.

No entanto, as senadoras não poderão apresentar nenhum requerimento nem votar, ações permitidas somente para integrantes da CPI. “A bancada feminina se faz presente sim nesta comissão mesmo sem direito a assento”, finalizou a parlamentar. 

Confusão

Senadores bateram boca na sessão de 5 de maio por conta da ordem das perguntas que poderiam ser feitas para o ex-ministro da saúde Nelson Teich. O acordo entre a bancada feminina e o presidente do colegiado, o senador Omar Aziz (PSD-AM), autorizou que elas fossem as primeiras.

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Porém, o combinado foi desrespeitado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) que interrompeu a fala da senadora Eliziane Gama logo no início da sessão. Ciro afirmou que não houve acordo para que a representante começasse com as perguntas. O presidente contestou a afirmação do senador e reforçou que a decisão havia sido decidida anteriormente.

Ontem eu fiz esse apelo para vossa excelência para que a gente pudesse dar a pedido das mulheres. Mas no teor do regimento, nós estamos sim fazendo uma concessão nesse momento. E não é uma concessão porque elas são mulheres, é uma concessão porque elas têm uma representatividade igual à nossa”, afirmou Omar Aziz.

O comentário foi reforçado pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-Al): “E não é concessão, não. É compensação”. Após a confusão, a sessão foi suspensa.

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