Brasileira suspende morte assistida para estudar sua doença
No início do mês, Letícia Franco havia anunciado que viajaria à Suíça para realizar procedimento
No início do mês, a médica Letícia Franco, 36 anos, anunciou em seu perfil no Facebook que pretendia viajar para a Suíça para ser submetida à morte assistida. A decisão tomada pela brasileira comoveu internautas e familiares da mato-grossense, que há oito anos convive com a dermatopolimiosite.
Entretanto, os plano de Letícia mudaram. Em entrevista à BBC Brasil nesta sexta-feira (30), a médica contou que pretende suspender a viagem para a Europa e não realizar a morte assistida. A médica pretende, por ora, utilizar seu caso para estudos científicos e ajudar outras pessoas que tenham a mesma doença.
A dermatopolimiosite é uma doença autoimune que ataca células dos músculos e da pele. O caso de Letícia agrave-se pela médica também ser portadora de uma rara síndrome ligada ao uso de prótese de silicone – a Síndrome Asia.
Foi justamente suas pesquisas sobre a síndrome que a levaram a suspender a morte assistida. Letícia entrou em contato com o médico israelense Yehuda Shoenfeld, um dos principais pesquisadores da Asia do mundo, para se voluntariar como cobaia de suas pesquisas.
O médico não pode se comprometer em recebê-la para estudar especificamente o seu caso, mas ofereceu um tratamento para suspender as crises de provocadas pela síndrome – como paradas respiratórias.
“Eu não quero morrer cheia de tubos, ter uma morte sofrida, horrível como eu sei que é. Se fosse só eu que sofresse, tudo bem. Mas é a família inteira que sofre”, disse Letícia.
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