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Braço de bebê é amputado após telha cair e família denuncia negligência

Segundo os parentes. houve demora no atendimento

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 09h03 - Publicado em 3 Maio 2019, 12h10
 (Arquivo Pessoal/Reprodução)
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Um bebê de apenas 1 mês de vida teve o braço esquerdo amputado após a telha da casa onde mora cair em cima dele. O caso aconteceu em Monagaguá, no litoral de São Paulo. O menino é Felipe José dos Santos. A família afirma, em entrevista ao G1, que houve negligência no atendimento à criança.

Sibele dos Santos, tia de Felipe, contou que no domingo (28) o temporal que atingiu a Baixada Santista fez com que a telha da residência da família, localizada no bairro Agenor de Campos, caísse. O bebê e sua mãe estavam na sala, quando parte do teto desabou e atingiu o braço do pequeno.

De acordo com o relato da tia da criança, a mãe de Felipe ficou desesperada e o levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. Segundo a Prefeitura de Mongaguá, o bebê e a sua mãe deram entrada por volta das 18h20.

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Parte do telhado que caiu durante tempestade, em Mongaguá. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Demora no atendimento

O médico prestou os primeiros atendimentos na sala de emergência onde a criança estava sendo assistida. Em seguida, ainda de acordo com a prefeitura, foi solicitada avaliação com o ortopedista, que realizou procedimentos para estabilizar o sangramento, já que se tratava de uma fratura exposta.

Entretanto, na ocasião, não havia sistema da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) e, por isso, iniciou-se uma busca por vagas via telefone. O primeiro contato da equipe foi com o Hospital Regional de Itanhaém, que orientou a transferência do bebê para o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, referência em traumas – que autorizou e, segundo a direção do hospital, atendeu prontamente o paciente.

De acordo com o Irmã Dulce, Felipe passou por exames e foi medicado. Entretanto, o local não é referência para reimplante de membros, necessitando, assim, da inserção do paciente na Cross (Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde), o que foi feito após seu atendimento inicial.

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Uma ambulância também foi requisitada para remoção do bebê, que, ao chegar na unidade, o levou para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, como paciente vaga zero.

Ainda segundo a Prefeitura de Mongaguá, por volta das 19h, o Hospital Irmã Dulce contatou a UPA solicitando ajuda para a remoção da criança para o Hospital das Clínicas, já que o menino foi transferido com vaga cedida de UTI Neonatal. Entretanto, o Irmã Dulce não tinha ambulância naquele momento para realizar a transferência, que só foi, de fato, concluída após a administração do hospital encaminhar o equipamento com a equipe médica, às 22h24.

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(Arquivo Pessoal/Reprodução)

Negligência

Para a família de Felipe, a demora na realização da transferência da criança foi a culpada da perda do braço do bebê. Sibele disse que os médicos que realizaram a cirurgia do sobrinho afirmaram que a amputação foi necessária devido ao atendimento demorado. Segundo a tia, que está tentando arrecadar itens para o bebê após o acidente, a família está muito abalada.

O Hospital Irmã Dulce, em nota, afirma que não houve qualquer tipo de negligência ou demora no atendimento e que a liberação de vagas para a transferência de pacientes para serviços de referência via Cross não depende do hospital e sim destes locais.

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A mãe da criança levou alguns pontos na cabeça, mas passa bem. Felipe está estável na UTI Neonatal.

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