Bebê sofre 14 mordidas em creche particular
A criança de 1 ano e 6 meses apresenta vários hematomas pelo corpo; escola lamentou o ocorrido
Um bebê levou 14 mordidas no corpo nas dependências de uma creche particular em Boa Vista, Roraima. A criança, de 1 ano e 6 meses, voltou para casa com hematomas após seu primeiro dia de aula. A mãe, que preferiu não se identificar, registrou um boletim de ocorrência e o menino passou por exame de corpo de delito.
De acordo com a mãe, uma funcionária da creche a ligou às 11h da última segunda (4) para dizer que um colega de sala havia mordido o bebê. A escola lamentou o ocorrido e disse que prestou apoio à família.
“Disse que não foi grave e não havia marquinhas. E me falou que a professora estava pedindo minha presença na creche. Saí do meu trabalho e fui lá, junto com meu marido. Era o primeiro dia de aula dele”, relatou a mãe ao G1.
Quando chegou ao local, ela viu a criança no colo da professora, acuado, mas sem chorar. A professora parecia preocupada e a mãe começou a gritar.
“Eu o peguei. A professora veio se justificando, dizendo não ter tido culpa, e que, em um momento, se virou por um instante e outra criança da sala mordeu ele. Vi três mordidas no braço direito e duas na bochecha direita. Quando virei ele de lado, vi mais hematomas no braço. Quase arrancou um pedaço dele. Meu filho estava todo inchado”, afirma a mãe.
De acordo com ela, o filho teve ataques de pânico em casa. Chorou e bateu no próprio rosto. Ela também denunciou o caso no Conselho Tutelar e disse que os dois filhos não retornarão à creche. Ela mantinha outra filha na instituição.
Conselheiro tutelar, Augusto Valente diz que houve negligência por parte da creche. “Comunicamos a escola sobre o caso e a unidade tem o prazo de três dias para se manifestar. Caso contrário, poderá ser penalizada, conforme o artigo 236 do Eca [Estatuto da Criança e Adolescente]”, declara Valente.
“Uma criança quando cai, se machuca e chora. E onde estava algum funcionário dessa creche que não viu isso. Foi negligência mesmo. Estamos indignados com essa situação”, diz Valente.