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Anistia revela violência sistemática contra presidiárias no México

Das 100 mulheres entrevistadas pela ONG internacional, 97 disseram ter sofrido agressão física por policiais ou membros do Exército e da Marinha

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 11h23 - Publicado em 28 jun 2016, 15h24
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A ONG de direitos humanos Anistia Internacional divulgou nesta terça-feira, 28, um relatório chocante sobre o tratamento dado às mulheres em presídios no México. De acordo com o documento, mulheres presas ou detidas são rotineiramente abusadas por policiais municipais, estaduais ou federais e também por membros do Exército e da Marinha. Das 100 entrevistadas, todas confirmaram a existência de violência física ou psicológica durante a prisão ou ao longo de interrogatórios. E os números continuam a assustar: 97 disseram ter sofrido agressão física pelas forças de segurança, 72 relataram ser vítimas de assédio sexual e 33 denunciaram ter sido estupradas. “Fortes golpes no estômago, na cabeça e nos ouvidos, ameaças pessoais e a familiares, semiasfixia, descargas elétricas nos genitais, manuseio dos seios e beliscões nos mamilos, penetração com objetos, dedos, armas de fogo ou o pênis. Essas são só algumas das formas de violência infligidas às mulheres”, explica um trecho do relatório denominado “Sobreviver à morte – tortura de mulheres por policiais e Forças Armadas no México”. Confira o vídeo da organização sobre o caso:

 

 

Para a ONG, esse tratamento brutal faria parte da estratégia de luta contra o crime organizado e o tráfico de drogas no país. “Mulheres de origens marginalizadas são as mais vulneráveis na chamada ‘guerra às drogas’ do México. Elas são frequentemente vistas como alvos fáceis por parte das autoridades, que muitas vezes estão mais preocupadas em demonstrar que estão prendendo pessoas do que em garantir que estão encontrando os verdadeiros criminosos”, explica Erika Guevara-Rosas, diretora do programa para as Américas da organização.

O levantamento da Anistia foi feito durante 8 meses e incluiu informações de órgãos públicos locais e nacionais, além da experiências de integrantes de organizações civis e profissionais independentes. A coleta de dados também apontou para uma impunidade quase que completa. “Denúncias de tortura e outros maus-tratos raramente são investigadas, e os suspeitos de responsabilidade criminal ainda mais raramente são levados à Justiça. Dos milhares de queixas de tortura apresentadas em nível federal desde 1991, apenas 15 resultaram em condenações penais federais” indica o relatório. 

A Anistia ainda ressaltou a dificuldade estabelecida pelo próprio governo mexicano e por comandantes das forças de segurança para que a organização realizasse o trabalho. “A ânsia do México de encobrir essa crise nacional é inacreditável. Em vez de tentar encobrir milhares de denúncias de tortura e outros maus-tratos, eles deveriam concentrar suas energias em garantir que a tortura seja erradicada de uma vez por todas, garantindo que os responsáveis sejam levados à Justiça e que as vítimas recebam reparações adequadas”, disse Erika Guevara.

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