Ana Carolina Oliveira: “A minha filha faria 16 anos no mês que vem”
Assassinato da pequena Isabella Nardoni completa 10 anos nesta quinta-feira (29)
Há 10 anos, o caso de Isabella Nardoni ganhava os noticiários. No dia 29 de março de 2008, a criança de 5 anos foi agredida e arremessada – ainda com vida – pela janela do sexta andar do apartamento do pai, Alexandre Nardoni, localizado na Zona Norte de São Paulo. O próprio pai, com auxílio da madrasta Anna Carolina Jatobá, colocou fim na vida da filha.“Eu tinha uma força dentro de mim falando para não desistir da vida, de mim mesma”, relatou Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, a Veja.com sobre sua vida após perder a filha de maneira tão brutal.
Atualmente, casada e mãe de um menino, Ana Carolina disse ao G1 que fala recorrentemente sobre Isabella com o filho. “Eu não fiz uma substituição, eu simplesmente agreguei. Mas hoje eu tenho dois filhos. Apenas não convivo mais com um. Não substituí um filho pelo outro (…) Se eu engravidar de novo, eu vou ter o meu terceiro filho convivendo com outro. Então um outro filho não substituirá o meu atual.”
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À reportagem de Veja.com, ela confessa que foi difícil reconstruir sua vida. “Para ser mais sincera, achei que seria menos difícil. Passei por muitas barras e, mesmo assim, estou bem tocada. A minha filha faria 16 anos no mês que vem, em abril”, disse. Para suportar essa dor tão grande, Ana Carolina encontrou conforto no espiritismo. “As pessoas não são iguais. Não posso comparar a minha dor com a de ninguém, mas, por pior que pareça, sempre soube que a vida vale a pena.”
Por bom comportamento e após ter cumprido dois quintos de sua pena, Anna Carolina Jatobá foi beneficiada com o regime semiaberto em agosto de 2017. Agora, é Alexandre Nardoni que está tentando o benefício para 2019, além de redução de pena – ele terá cumprido dois quintos do tempo. O advogado do casal Nardoni – que permanece junto e troca cartas de amor – alega que a sentença do juiz Maurício Fossem, do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi “exagerada e desproporcional” e influenciada pelo clamor popular. “O crime fala por si só, eles pagam pelo que cometeram – e não pela reação das pessoas”, rebate Ana Carolina.
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