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8 passos para tomar a decisão certa

Hesitar na hora de fazer uma escolha é natural, mas se angustiar com o processo vai impedir você de colocar suas vontades em prática

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 abr 2017, 15h38 - Publicado em 11 Maio 2015, 08h15

A vida exige que tomemos decisões a todo momento – das menores (“vou de carro ou de bicicleta?”) às definitivas (“devo ter filhos?”). Independentemente do tamanho da dúvida, um bom resultado depende de maturidade e autoconfiança. Do contrário, o processo pode se tornar angustiante e elevar a ansiedade a níveis estratosféricos.

A boa notícia é que, com o tempo, vamos nos tornando melhores até nas tomadas de decisão. “A prática e o autoconhecimento são essenciais para fazer de você uma pessoa controlada emocionalmente e mais assertiva”, explica Rajshree Patel, guru nascida em Uganda e professora do Instituto Arte de Viver, que está presente em mais de dez cidades brasileiras e 150 países do mundo, em recente passagem por São Paulo.

Desenvolver a capacidade de fazer escolhas nos fortalece, pois coloca o futuro nas nossas mãos, com todas as possibilidades que ele oferece. E disso só surgem benefícios: você se torna uma líder melhor na empresa, progride com mais segurança em relacionamentos amorosos e aumenta o nível de satisfação pessoal.

Para começar, esqueça aquela história de que uma boa resolução só vale se for tomada racionalmente. “A emoção também é muito importante e deve ser ouvida no processo”, afirma Marcelo dos Santos, psicólogo e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de Campinas (SP). E o que não se deve fazer de jeito nenhum?

“Deixar que os outros tomem as rédeas por você”, completa. Aceitar todos os conselhos que receber de amigos ou conhecidos impede que coloque em pauta seu desejo real. A seguir, especialistas dão a direção para você fazer as escolhas certas.

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1. Entenda o contexto

Na maioria das vezes, a dificuldade em optar por um determinado caminho reside em não compreender exatamente o que está em jogo. O primeiro passo para lidar com a indecisão, portanto, é analisar com clareza a questão. Em um ambiente calmo e silencioso, repita para si mesma qual é o conflito que tem a definir. A ideia é destrinchá-lo para que fique mais óbvia a direção certa a tomar. Para ajudar, coloque no papel o tema da dúvida e os reflexos dela em você – tanto na vida pessoal como na profissional. Com o tempo, essa habilidade ficará mais apurada e esse tipo de processo tão minucioso se tornará automático. “Ao longo da vida, desenvolvemos modos pessoais de tomar decisões, influenciados pelas diversas situações em que isso foi exigido de nós”, aponta Antonio Carlos Amador Pereira, psicólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Com o objeto elucidado, você se sentirá mais confiante para fazer sua escolha.

2. Ajuste seu foco

Cuide para que, seja qual for o conflito, ele não a desestabilize. “Pessoas de sucesso, como grandes executivos, possuem a capacidade de se manter concentradas em meio ao caos”, afirma a guru Rajshree Patel. Permanecer centrada é essencial para conseguir pesar prós e contras e, depois, optar pela decisão mais benéfica. “A mente precisa estar em paz, não muito ocupada, para poder absorver a situação como um todo”, completa Rajshree. Ela afirma que há diversas maneiras de treinar para alcançar essa condição em qualquer momento do dia, especialmente quando uma decisão urgente é exigida. A primeira delas é praticar exercícios de respiração, que ajudam a controlar a pressão arterial e aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro – diminuindo a ansiedade e, ao mesmo tempo, potencializando a atividade do órgão. A meditação é outro recurso aconselhável, pois, entre seus inúmeros benefícios, contribui para lapidar o foco.

3. Esqueça o passado

O que deve ser levado em conta ao fazer uma escolha muda de uma situação para outra. Embora o aprendizado seja sempre útil, tente se livrar das especificidades da situação antiga para bem avaliar a atual. “Não use a mesma base de comparação de condições anteriores, que eram diferentes”, diz o psicólogo Marcelo dos Santos. Quando adquiriu seu primeiro apartamento, provavelmente o que mais importava era a vista e o tamanho do quarto, mas, na hora de mudar para uma residência com os filhos, a variedade de opções na área comum e a proximidade de uma boa escola pesarão mais. Se no primeiro momento o essencial era financiar em muitas parcelas, agora você tem um montante maior para dar de entrada e os critérios serão outros. Portanto, antes da palavra final, pense sobre o impacto em todas as áreas da vida, repare no que é importante e deve ser mantido e naquilo que pode ser descartado.

4. Siga seu instinto

Conversar com amigos e especialistas da área, ler a respeito da questão a ser resolvida e buscar outras formas de se informar (quem sabe assistindo a um filme?) sem dúvida ajuda na hora de decidir por qual curso seguir. Mas a chance de acerto aumenta ainda mais se você também levar em consideração seu instinto – aquela vozinha que parece sussurrar a resposta no seu ouvido quando um dilema é apresentado. O problema é que nem sempre a ouvimos ou simplesmente não damos atenção ao que nosso cérebro tenta nos dizer. Mas saiba que esse conselho silencioso é formado pelo conjunto de experiências vividas por você, que compõe um repertório capaz de contribuir na hora de delinear erros e conquistas. “É por isso que as decisões mais corretas parecem tão óbvias quando tomadas. Nossa natureza aponta o caminho”, explica Rajshree. Treine para ficar mais sensível a esses sinais e, com o tempo, terá a intuição superafiada.

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5. Organize seus pensamentos

Diariamente, mais de 60 mil ideias passam pela nossa cabeça, segundo Rajshree. É claro que no meio desse mar de informações é difícil discernir as que valem a pena daquelas que só atrapalham. Mas, ao se dedicar a essa triagem, você diminui o número de variáveis que impactam uma decisão. Para conseguir fazer a peneira, primeiramente elimine as reflexões originadas em momentos de tensão. “Houve um tempo em que acreditávamos que o stress era uma força propulsora capaz de nos motivar a fazer mais. Hoje sabemos que não é bem assim”, afirma a guru. Decisões tomadas por pressão tendem a ser precipitadas – e erradas. Concentre-se nos pensamentos positivos; eles, sim, são indicadores de sucesso. É provável que esse passo leve mais tempo do que os outros. Portanto, lembre-se de que pensar demais também pode deixar você esgotada. Então, uma vez escolhida uma linha de raciocínio, siga com ela.

6. Corra riscos

“No dia a dia, enfrentamos poucas situações que exigem decisões definitivas, mas é comum transformarmos quase todas elas em escolhas de vida ou morte”, aponta Rajshree Patel. Em geral, isso acontece por medo de errar. Tomadas pela ansiedade, perdemos a perspectiva do verdadeiro significado (e importância) do problema e de sua solução. Ficamos bloqueados porque encaramos o fracasso como algo negativo, quando ele é apenas mais uma experiência de aprendizado. A verdade é que raramente há um único caminho correto. O mais comum é que cada um deles traga benefícios diferentes. Procure tranquilizar-se: se o primeiro rumo não for o mais indicado, permita-se uma segunda chance. “O objetivo é único, mas as metodologias para chegar lá são múltiplas”, explica a guru. Além disso, em vez de buscar o acerto a qualquer custo como única garantia de poder e autoconfiança, aprenda a valorizar mais a chance de perseguir aquilo em que acredita e se dê o direito de experimentar.

7. Simule o resultado

Diante de você estão colocadas algumas estradas possíveis. Todas elas trazem recompensas e obstáculos. O critério de desempate deve ser o maior número de benefícios e o menor de malefícios. Para tirar a dúvida, faça uma simulação do percurso e da chegada. Percorra mentalmente cada um dos caminhos e tente imaginar quais seriam as consequências. Depois, com todas as alternativas avaliadas, compare as que representam maior sucesso. “Entretanto, há algo essencial a destacar: o visualizado não é exatamente o que irá ocorrer. Portanto, planeje-se, sim, mas tenha em mente que imprevistos acontecem”, aconselha Antonio Carlos Amador Pereira. O psicólogo faz mais um alerta, principalmente para os ansiosos de plantão: simular não deve ser o equivalente a acumular expectativas. A ideia é apenas diminuir a possibilidade de falhas, não garantir a vitória.

8. Escolha e execute

Depois de percorrer todos esses passos, a melhor decisão estará bem clara para você. Torne-a realidade. “Se a fase de planejamento é maior do que a de execução, algo está errado”, alerta Rajshree. É preciso investir mais energia na prática do que na preparação. Dê seu melhor nessa etapa, pois, mesmo que não fique 100% feliz com o resultado, poderá confiar na sua entrega, empenho e dedicação. E, quando as consequências começarem a surgir, avalie-as criticamente. Analise quais foram os erros do percurso e busque métodos para solucioná-los. Da próxima vez, você se sentirá mais preparada para os momentos de decisão. “Assim acontecem os grandes picos de crescimento pessoal. Dinheiro, status e ganhos serão relevantes, mas, no dia seguinte, o mais benéfico será o aumento da sua confiança, além do aprendizado de que o processo é mais importante do que o resultado”, afirma Rajshree.

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